Manno Góes, o compositor da música Milla, entre outras, foi absolvido pela 14ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, na Bahia, após ter chamado o cantor bolsonarista Netinho de, entre outras coisas, “débil mental”, “bicha burra”, “imbecil”, “fascista” e “patético”.
De acordo com informações do colunista Peterson Renato, do Hora Top TV, o juiz Bernardo Mário Dantas Lubambo entendeu que a confusão entre os dois seria produto da polarização que tem marcado, há alguns anos, o cenário político-partidário nacional.
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O juiz afirmou na decisão, que ainda cabe recurso, que não interessa determinar que lado tinha razão, mas sim o que eles pensaram e fizeram.
Lubambo disse ainda que, se o que Netinho estimulava publicamente, na visão de Manno Góes, era o apoio armado a um golpe de estado, “então é compreensível que a reação também haja sido radical”.
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“O que o Querelante [Netinho] propôs foi extremo, sob qualquer ângulo. E as respostas do Querelado [Manno Góes] estiveram à altura”, disse o juiz na sentença. O juiz determinou também que Netinho pague as despesas processuais e honorários advocatícios, no valor de R$ 5 mil.
O processo
Manno foi condenado, em agosto de 2022, a pagar Netinho a quantia de R$ 5 mil por danos morais, em virtude de extrapolar a sua liberdade de expressão.
A defesa de Netinho alegou, ainda, que mesmo após Manno Góes ter sido condenado, ele voltou a ofender o cantor, afirmando: “Netinho passou há muito tempo da fase de infeliz para criminoso”.
Manno Góes ainda postou, segundo Netinho, a seguinte frase nas redes sociais: “F*da-se. Golpista tem mais que se f*der”.
Segundo os advogados do compositor, tudo aconteceu em um momento de excepcionalidade, com críticas ácidas feitas por ele a Netinho, a partir de posicionamento político de aceitação e “estímulo para uma tentativa de golpe de estado, que ocorreu no dia 08 de janeiro de 2023”.