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Mãe de Cazuza desmente enfermeira sobre os últimos dias do filho

Ana Maria afirma ter cuidado de Cazuza até sua morte, em 1990, e relata que ele teria pedido para ler a Bíblia em busca de “salvação”

Mãe de Cazuza desmente enfermeira sobre os últimos dias do filho.Cazuza no palcoCréditos: Reprodução
Escrito en CULTURA el

A  mãe do cantor e compositor Cazuza, Lucinha Araújo, fez um pronunciamento enfático para desmentir as alegações feitas pela enfermeira Ana Maria da Costa sobre os últimos meses de vida do artista. Em um vídeo que voltou a circular recentemente, Ana Maria afirma ter cuidado de Cazuza até sua morte, em 1990, e relata que ele teria pedido para ler a Bíblia em busca de “salvação”.

Lucinha rebateu as alegações de forma direta. “Esse vídeo já é antigo, postaram novamente, e é mentira. Nunca aconteceu”, declarou. A mãe do cantor foi categórica ao negar que Cazuza tenha manifestado interesse em religião ou arrependimento espiritual nos moldes apresentados pela enfermeira.

Ana Maria, em entrevista ao pastor Márcio Teixeira, detalhou suas supostas experiências com o cantor. Ela alegou que Cazuza, inicialmente agressivo, teria mudado de postura com o tempo e que, em um momento de aproximação, pediu que ela lesse a Bíblia para ele. Segundo Ana Maria, o artista demonstrava arrependimento e desejo de prolongar sua vida.

Lucinha Araújo, no entanto, rejeita veementemente esse relato. Reconhecida por preservar a memória de Cazuza, ela reiterou que os momentos finais do filho foram marcados por sua personalidade única e seu enfrentamento da doença, mas sem os elementos religiosos narrados por Ana Maria.

Cazuza, um dos maiores ídolos da geração pop-rock dos anos 80, faleceu em decorrência da Aids em julho de 1990, aos 32 anos. Em fevereiro deste ano, a enfermeira Ana Maria da Costa afirmou que Cazuza se converteu ao cristianismo pouco antes de falecer e pediu por mais tempo de vida.

Enfermeira afirma que Cazuza "aceitou Jesus" antes de morrer

Em entrevista ao pastor Márcio Teixeira, Ana Maria da Costa disse que trabalhou para Cazuza nos últimos meses de sua vida e o descreveu como um “paciente difícil”. “Ele era muito agressivo nessa época. Tinha que ter todo um cuidado, só que a nossa ‘briga’ era porque ele não dormiu; me xingou, foi uma batalha. Disse que não queria voltar, mas, ao mesmo tempo, ele era muito carinhoso, pediu desculpa e perguntou: ‘Aninha, você vai voltar?’. Ele me tratou tão bem, que não tinha como eu não voltar”, afirmou.

A enfermeira trabalhou com Cazuza por um ano e três meses e acompanhou o músico aos Estados Unidos, onde ele buscou seu último tratamento antes de falecer. Lá, Ana Maria relatou que viu alguns exemplares da Bíblia que os fãs enviaram para Cazuza e leu para o paciente. “Vi ele chorando, pedindo a Deus mais tempo de vida. Nunca tinha visto um paciente com tanta sede de viver como ele. Continuei lendo a Bíblia pra ele, vi que foi um processo de arrependimento [dos pecados]”, completou.

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