O etnoturismo, ou turismo de base comunitária, é uma modalidade de turismo que se guia pela imersão em tradições, costumes e estilos de vida de comunidades locais.
O termo "etno" vem da palavra “etnia”, que se refere a um grupo de pessoas e suas características socioculturais. De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), "o objetivo principal do etnoturismo é promover o respeito, a preservação e a valorização de culturas tradicionais".
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Essa espécie de turismo também contribui diretamente com as economias locais (através do consumo de serviços e produtos oferecidos localmente) e com a preservação do ambiente natural (porque se baseia na primazia dos recursos naturais disponíveis para a visitação).
Uma estimativa do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) prevê que pelo menos US$ 67 bilhões serão injetados na economia por iniciativas de eco e etnoturismo (turismo natural e de base sociocultural).
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No Brasil, já há programas locais de visitas guiadas e turismo natural oferecidos por comunidades indígenas; na Amazônia, por exemplo, as Serras Guerreiras de Tapuruquara, que concentram oito povos nativos da região, oferecem uma viagem com dois itinerários.
Um deles (Iwitera, que significa "serra") é para aventureiros, e o outro (Maniaka, que significa "mandioca") é focado em visitas culturais. Estão envolvidos nessa espécie de turismo oficinas de artesanato, festas tradicionais e experiências com a culinária local.
Já em São Paulo, a Terra Indígena Tenondé Porã, com sete aldeias, oferece turismo sustentável de base comunitária com mutirões agroecológicos, trilhas e visitas ao rio Capivari, que atravessa as terras indígenas (são 16 quilômetros).
O governo federal já tem incorporado, no Ministério do Turismo, o programa "Experiências do Brasil Original", que trabalha em conjunto a povos indígenas e quilombolas para promover o turismo sustentável e "manter viva a herança cultural dos territórios".
Além disso, o projeto "Brasil Turismo Responsável", de julho deste ano, foi uma iniciativa do governo junto ao Ministério dos Povos Indígenas, à Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para identificar comunidades que desenvolvam atividades turísticas dessa modalidade, a fim de ampliar o etnoturismo brasileiro e movimentar as economias de base social no país.