A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras aprovou nesta quarta-feira (23), a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Raymond, Tatá Werneck e do apresentador Marcelo Tas.
Perguntada sobre a decisão publicada no site oficial da Câmara dos Deputados, advogados de Tatá afirmaram que a atriz foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas. Cauã, por sua vez, disse que não falaria sobre o assunto. O posicionamento de Tas ainda é aguardado.
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Os três são investigados a pedido do deputado federal bolsonarista Paulo Bilynskyj (PL-SP) por atuação em propagandas da empresa Atlas Quantum. A CPI também definiu a quebra de sigilo bancário do dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos.
"Requer que esta CPI decrete a quebra do sigilo bancário da empresa Atlas Quantum, pertencente à Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, os senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, e a senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas", diz o pedido do deputado.
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Entenda o caso
Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas participaram de campanhas publicitárias da Atlas Quantum, empresa acusada de aplicar golpes de mais de R$ 7 bilhões, lesando cerca de 200 mil investidores, entre eles próprio Marcelo Tas foi um deles.
Os advogados Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, que fazem a defesa de Tatá Werneck, se manifestaram: "Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa."
“Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa, cabendo destacar que Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia da Atlas ou teve qualquer participação nos rendimentos da Atlas. Tata foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas”, diz a nota.
Cauã foi perguntado no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro sobre o assunto e disse que não falaria sobre isso. A reportagem ainda busca contato com a equipe de Tas.
Com informações do Splash, do UOL