Christopher Nolan é um dos diretores de mais detaque da atualidade. Mestre das grandes produções, seus filmes receberam juntos 26 indicações ao Oscar e somam uma arrecadação de US$ 4,2 bilhões.
Seu longa mais recente, "Oppenheimer", teve uma estratégia de marketing combinada com o filme "Barbie" e está lotando salas de cinema no mundo todo. O filme conta a história do criador da bomba atômica, o físico J. Robert Oppenheimer.
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Com todo esse sucesso, muitas pessoas se perguntam: como é trabalhar em um filme de Christopher Nolan? As respostas variam muito e revelam aspectos curiosos, como a proibição de cadeiras no set, por exemplo.
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Cillian Murphy, protagonista do longa, tem experiência com Nolan. Ele trabalhou ao lado do diretor em outras cinco ocasiões, começando por "Batman Begins", de 2005. O ator irlandês destaca a eficiência do diretor como algo marcante.
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"As filmagens são inacreditáveis de tão calmas. Não há exibicionismos, conversas inúteis, gente ao telefone e mesmo uma hierarquia de acomodações para os atores. Você chega e trabalha", conta o ator, que diz estranhar o jeito do set ao comparar com outras experiências.
Veterano do cinema, mas novato em parcerias com Nolan, Robert Downey Jr. concorda com Murphy. "É uma forma de disciplina. Só porque é Hollywood não quer dizer que vamos trabalhar de uma maneira livre. Para alguns de nós, isso pode soar como um despertar bruto", diz o ator, que vive o Homem de Ferro nos filmes da Marvel. Ele usa o adjetivo "espartano" para descrever a experiência com Nolan.
Ambos os atores confirmam que o cineasta não gosta de deixar cadeiras pelo set de filmagens. A informação foi divulgada em 2020 por Anne Hathaway, que trabalhou com diretor em "Interestelar", de 2014. Ela explicou que a medida era instituída para evitar perda de tempo no set.
"As filmagens são muito relaxantes, e acho que ele faz isso de propósito", diz o ator Matt Damon. Apesar da rigidez, ele declara que o clima é bastante casual. Além do filme sobre a vida do pai da bomba atômica, Damon também trabalhou em "Interstelar".
Segundo Emily Blunt, Nolan não faz muito alarde sobre o tamanho de sua produção. "Ele não quer que você pense que está fazendo um filme importante", afirma.
A atriz também diz que o diretor deixa os atores bem à vontade, sem dar muito pitaco sobre os papéis que estão desempenhando. Contudo, essa característica é uma "faca de dois gumes". Segundo, Cillian Murphy, o cineasta espera que a solução para questões envolvendo seus personagens venha dos próprios atores.
"Eu lembro de uma passagem em ‘Oppenheimer’ em que tinha que falar em alemão, uma língua que não sabia, dentro de uma situação em que ensinava mecânica quântica. Cheguei a perguntar ao Chris [Nolan]: ‘O que vamos fazer com o alemão dessa cena?’. Ele na hora me respondeu: ‘Na verdade, é o que você vai fazer sobre essa cena", lembra Murphy
*Com informações da Folha de São Paulo