AÇÃO AFIRMATIVA

Salvador destinará 60% dos recursos da Lei Paulo Gustavo para projetos de pessoas negras e indígenas

A prefeitura da cidade ampliará o valor recebido pela lei com recursos próprios

A Lei Paulo Gustavo visa recompor o mercado brasileiro de cultura e arte.Créditos: Reprodução
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A prefeitura de Salvador informou que irá dobrar o valor disponibilizado pela Lei Paulo Gustavo, com recursos próprios, e designará 50% da quantia para projetos de pessoas negras e 10% para projetos de pessoas indígenas. 

A capital baiana receberá cerca de R$ 23 milhões do governo federal pela Lei Paulo Gustavo que, somado aos recursos da própria prefeitura, totalizam R$ 46 milhões para investimento na cultura do município. 

De acordo com uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mais de 900 mil trabalhadores da área perderam seus empregos após a primeira onda de coronavírus, em 2020. Antes da pandemia global, o setor cultural brasileiro passava por um período de crescimento, que se desestruturou com a crise sanitária. 

A Lei Paulo Gustavo visa reestruturar o mercado cultural e artístico brasileiro após o surto de Covid-19, uma vez que foi uma das áreas mais afetadas com o isolamento social, impossibilitando a apresentação de espetáculos, shows, peças, dentre outras produções. 

O intuito da prefeitura da capital baiana é construir infraestrutura e recuperar os danos causados à arte e à cultura nos últimos anos, destinando parte do investimento para ações afirmativas, a fim de "garantir reparação e proporcionalidade", segundo o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho.

Os repasses serão realizados por meio do SalCine, projeto do poder público que fomenta a produção audiovisual da cidade, lançado em maio deste ano, que auxilia na profissionalização, criação e captação das obras. O objetivo principal do investimento é atrair produções estrangeiras para que sejam filmadas em Salvador.