Tina Turner, que tinha 83 anos, faleceu na última quarta-feira (24) em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça, após uma dura batalha contra um câncer intestinal. Durante seus últimos meses de vida, ela desfrutou de uma existência pacífica na cidade que escolheu para viver na Europa, onde se tornou uma cidadã respeitada após residir lá por quase trinta anos.
Turner levava uma vida muito discreta, assumindo a responsabilidade de fazer suas próprias tarefas, buscar suas encomendas no correio e fazer exercícios ao ar livre. Depois de uma vida inteira sob os holofotes, a cantora se mudou para a tranquila cidade suíça de Küsnacht com seu marido, Erwin Bach, um executivo da música alemão com quem começou a namorar na década de 1980. Em 1995, Bach conseguiu um emprego gerenciando os escritórios suíços da EMI Music em Zurique, e os dois se mudaram para o país.
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Eles se casaram em 2013, mesmo ano em que ela se tornou cidadã suíça e renunciou ao passaporte americano.
"Às vezes, Tina vinha à cidade para fazer compras. Ela tinha um mordomo, mas gostava de vir sozinha com seu marido Erwin", disse o açougueiro da estrela ao Daily Mail. "Eles especialmente gostavam de passear pela Moreira Gourmet House, que é o melhor lugar da região para comprar salmão e trufas brancas", acrescentou.
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Turner e Bach residiam em uma mansão clássica com telhado branco às margens do Lago Zurique. Em sua porta, havia uma placa de latão polido solicitando aos visitantes que não tocassem a campainha antes do meio-dia, escrita em inglês e alemão.
Encontro durante as compras
Nos dias seguintes à sua morte, os vizinhos afirmaram que sabiam da fama de Turner, mas nunca a incomodaram quando a viam em público. "Parece que ela levava uma vida relativamente normal e a aproveitava", disse Oliver Moritz, um gerente de hotel de 46 anos localizado a poucos metros da margem do lago. Ele também mencionou que costumava encontrá-la durante as compras.
"Ele era uma pessoa alegre, muito aberta e de bom coração", disse Severin Silvestri, gerente de um restaurante luxuoso próximo à casa da cantora. O empresário mencionou que, há alguns anos, quando ela estava "mais saudável", Turner e Bach costumavam jantar ocasionalmente no restaurante.
Roland Roller Frei, um produtor musical suíço que trabalhou com ela intermitentemente por mais de uma década, disse que foi essa vida normal, livre do assédio dos fãs e da imprensa, que a atraiu para a Suíça. "Acredito que foi importante para ela encontrar um lugar onde pudesse viver em paz", comentou, acrescentando: "Acredito que ela gostava de não ser perseguida todos os dias e poder desfrutar de sua aposentadoria em paz".
O prefeito da cidade, Markus Ernst, afirmou que alguns moradores se acostumaram tanto com a presença dela que se esqueceram de sua importância fora de Küsnacht. "Já tínhamos plena consciência de sua fama mundial em 2013, quando ela se casou, e de repente a imprensa do mundo todo veio até nós", disse o político.
Além disso, Ernst mencionou que a diva ajudou a comunidade. "Ela foi uma grande embaixadora de nossa cidade, e o fez de forma totalmente voluntária", disse ele, referindo-se ao hábito de Turner de elogiar a Suíça e Küsnacht na mídia.
Com informações do Globo e agências internacionais