ASSÉDIO SEXUAL

Ex-jurada de programa de TV acusa produtor de agressão sexual

Ela resolveu entrar com a ação após mudanças na legislação, que permitem que vítimas de abuso sexual entrem com processos em casos considerados prescritos

Paula Abdul.Créditos: Alyssa Kristine/Wikipedia Commons
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A cantora, coreógrafa e dançarina americana Paula Abdul, ex-jurada do "American Idol", processou Nigel Lythgoe, ex-produtor executivo do programa, por agressão sexual. Segundo uma nova ação movida por ela, o caso aconteceu no início dos anos 2000, quando ela era jurada do reality show.

Lythgoe teria tido contatos físicos não permitidos com Abdul em um elevador após um dia de audições do programa, segundo documentos relativos ao caso.

A cantora também acusa o ex-produtor de agredi-la sexualmente depois que ela deixou o "American Idol" e se tornou jurada em outro programa competitivo de Lythgoe, "So You Think You Can Dance".

Douglas Johnson, advogado de Paula Abdul, elogiou a artista por falar publicamente sobre o caso em nota divulgada neste sábado (30).

"Foi claramente uma decisão difícil de se tomar, mas Abdul sabe que está no lugar de muitas outras que passaram por situações semelhantes e está determinada a garantir que a justiça seja feita", afirmou Jhonson.

O que diz o acusado

Lyghtgoe se pronunciou sobre a ação se dizendo "chocado e triste" ao saber das acusações feitas por Abdul, alguém que ele considera uma "amiga querida".

"Embora o histórico de comportamento inconstante de Paula seja bem conhecido, não posso fingir que entendo exatamente por que ela entraria com uma ação judicial que ela sabe que não é verdade", afirma o ex-produtor também em um comunicado. "Mas posso prometer que lutarei contra essa terrível calúnia com todas as minhas forças", garante.

A cantora, vencedora do Grammy e do Emmy, atuou como jurada nas primeiras oito temporadas do programa, saindo em 2009. Em 2015, Abdul passou a integrar o júri do programa "So You Think You Can Dance", aparecendo ao lado de Lythgoe.

Ela resolveu entrar com a ação após mudanças na legislação da Califórnia, que permitem que vítimas de abuso sexual entrem com processos em casos considerados prescritos.

As informações são da agência de notícias Associated Press