Quase uma semana após sua morte, Jô Soares segue sendo destaque pelo que fez em seus 84 anos de vida. Multiartista, Jô teve um encontro inusitado com o responsável pela morte trágica da mãe, a dona de casa Mercedes Pereira Leal, em 1968, quando o humorista tinha apenas 30 anos de idade.
“Mamãe morreu atropelada, num dia de chuva terrível. O motorista do táxi não teve a menor culpa. Ela tinha 70 anos.O motorista socorreu minha mãe e a levou para o hospital. Ele fez tudo certo. Só que ela teve uma fratura de base de crânio e não resistiu", contou Jô em 2015 em entrevista pelo Youtube ao jornalista Marcelo Bonfá.
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O humorista contou ainda que 10 anos depois teve um encontro inusitado com o taxista.
"Peguei um táxi no Santos Dumont e, quando cheguei em casa, o motorista falou: 'Eu preciso dizer uma coisa para o senhor. Fui eu que atropelei sua mãe. E desde esse dia, isso já faz dez anos, eu não consigo mais dormir. Só vou conseguir dormir no dia que o senhor me disser que me perdoa'", disse o taxista, segundo humorista.
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Na sequência, Jô conta o que respondeu ao taxista: "'Você está perdoado desde o dia que pegou a minha mãe, socorreu e ficou ao lado do meu pai até a minha mãe morrer. Você não teve culpa nenhuma. Eu te perdoo, você está mais que perdoado. Vai em paz'. Ele chorava e eu chorei muito também. O perdão para mim é a coisa mais importante no cristianismo. O perdão imediato que Cristo traz" - assista abaixo.
Missa de sétimo dia
A missa de sétimo dia de Jô Soares acontece nesta sexta-feira (12), às 19h, na Capela do Colégio Nossa Senhora de Sion, em Higienópolis, na capital paulista. A cerimônia será celebrada pelo bispo Dom Fernando Antônio Figueiredo.
“É a homenagem carinhosa que suas confreiras e confrades prestam ao inolvidável criador, estupendo artista e brasileiro de irrepreensível ética”, diz o convite da Academia Paulista de Letras (APL), onde Jô ocupava a cadeira 33 desde 2016.
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