O diretor Willem van Weerelt, que trabalhou com Jô Soares por mais de 28 anos, contou os bastidores da conversa com a artista plástica Eila Ampula, considerada como uma das mais divertidas entre as quase 15 mil entrevistas feitas pelo humorista.
Ele contou à coluna de Mônica Bergamo que a participação da artista foi uma indicação sua, pois ela era conhecida da sua avó:
Te podría interesar
"Jô mostrou ali como ele sabia brincar com a situação. Ela [Eila] falava algumas coisas que outra pessoa poderia facilmente ficar desconcertada, e ele não. Ele tirou de letra. A plateia adorou aquilo, e ela voltou algumas outras vezes ao programa", afirma.
A entrevista
Eila Ampula, artista plástica (1916-2008), foi entrevistada por Jô Soares e produziu uma série impagável de afirmações de sinceridade desconcertante.
Te podría interesar
A artista plástica de origem finlandesa provocou gargalhadas na plateia ao responder as perguntas de Jô de forma curta e objetiva.
Em determinado momento, Eila disse que a sua única motivação para a produção artística era que as pessoas gostassem da obra a ponto de comprá-la. "Você não tem uma satisfação artística quando faz o trabalho?", Jô a questionou. "Besteira", rebateu ela.
Um dos diálogos mais divertidos é este:
Jô Soares: Naturalmente eu vejo que você escolhe coisas que você gosta (para bordar). Por exemplo, tucano é um pássaro que você gosta bastante, não é mesmo?
Eila: Detesto.
Jô Soares e a plateia ficaram chocados com a resposta dela. E a conversa continuou:
Eila: Eu faço qualquer coisa que as pessoas gostem e comprem. Esse é o único propósito do meu trabalho. Não tem outro motivo.
Jô Soares: Você não tem satisfação artística quando desenha?
Eila: Besteira.
Assista a seguir a este trecho antológico da entrevista:
Com informações da coluna de Mônica Bergamo