Pouco antes de subir ao palco para apresentação no Rock in Rio Lisboa, a cantora e compositora Anitta comentou sobre a situação da Amazônia diante da repercussão internacional das mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
"Para quem é de Portugal e nunca foi para o Brasil: a Amazônia é terra de ninguém, é uma grande bagunça. Lá acontece de tudo, ninguém vê nada, é uma coisa que precisa de atenção. Quem se expõe para falar acaba morto, acaba com a família torturada, acaba tomando um cala a boca", disse Anitta a jornalistas.
"Se vier me matar, vai ter que aguentar a assombração que eu vou virar depois. A Amazônia é o grande tesouro do nosso país, e as pessoas a tratam como nada. É inaceitável que esse lugar seja perigoso para as pessoas visitarem", completou.
A artista, que está em turnê internacional, fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista concedida a um programa de TV na França na última sexta-feira (25).
Ao ser questionada sobre como enxerga Bolsonaro, Anitta soltou o verbo. "A política é muito importante. Eu gosto de passar para o público o meu pensamento político também. E eu não concordo com muita coisa que esse presidente faz: acho que ele estimula o racismo, o preconceito e tudo de ruim", disse.
Segundo ela, Bolsonaro não representa os brasileiros. "Nós, brasileiros, somos livres. Eu gosto de passar a mensagem que a gente pode fazer o que a gente quiser: homem, mulher... Existe uma cultura onde o homem pode tudo; quando as mulheres fazem as mesmas coisas que os homens, elas são julgadas. Então, gosto de quebrar esse tabu", completou.
Assista à entrevista de Anitta no Rock in Rio Lisboa