CPI DO SERTANEJO

Monark, que já defendeu partidos nazistas, agora defende Gusttavo Lima

O apresentador publicou tuíte em defesa do cantor bolsonarista, envolvido em polêmica de cachês milionários com recursos duvidosos

Gusttavo Lima e Monark.Créditos: Montagem/Reprodução
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O apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, que já defendeu a existência de partidos nazistas, agora defende o cantor bolsonarista Gusttavo Lima, envolvido em polêmica de cachês milionários com recursos duvidosos. De acordo com o apresentador, em sua conta do Twitter nesta terça-feira (31), o sertanejo “está sendo cancelado injustamente”.

Monark defendeu em fevereiro, durante o Flow Podcast, a existência de um partido nazista.

Em entrevista com os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos), o apresentador afirmou que “a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter espaço na minha opinião”.

“Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, disse ainda e perguntou: “as pessoas não têm o direito de ser idiotas?”

Dinheiro público

Gusttavo Lima chorou em suas redes sociais nesta terça-feira, afirmando que não tem ligação com dinheiro público e acredita ser alvo de perseguição. "É um peso gigantesco ter que aguentar tudo isso. Não sei o motivo de tanto ódio, de tanta perseguição”.

Apesar de dizer que não pega dinheiro público, Lima admitiu que cobra das prefeituras o mesmo valor dos contratantes privados e afirmou que a única coisa que tem para vender é a sua arte.

O cachê destinado ao sertanejo pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais foi motivo de polêmica nesta semana, após ser revelado que o dinheiro partia de uma verba que seria para a saúde e a educação, obtida a partir da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, a CFEM.

Zé Neto

No dia 14 de maio, o cantor Zé Neto da dupla Zé Neto e Cristiano usou tempo de um show que fez para criticar a Lei Rouanet e disparar contra a cantora Anitta, que tem se posicionado contra o presidente.

“Sorriso, Mato Grosso, um dos Estados que sustentou o Brasil durante a pandemia”, diz o cantor. “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é o povo, a gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ pra mostrar se a gente tá bem ou não, a gente vem simplesmente aqui e canta”, disse na ocasião.

Crise sem precedentes

Ao fazer críticas à Anitta, o cantor Zé Neto abriu uma crise sem precedentes no mercado de shows e acabou virando alvo de críticas de seus colegas de gênero.

De acordo com a coluna do Fefito no Splash, sertanejos não têm poupado críticas a Zé Neto em grupos de WhatsApp, pois suas declarações abriram uma "caixa de Pandora". Desde suas críticas à Lei Rouanet, tem sido revelados vários cachês milionários realizados em cidades pequenas pelo Brasil que foram sido pagos com dinheiro público e muitas vezes sem licitação.