CPI DO SERTANEJO

Flávio Bolsonaro a Gusttavo Lima: “Fique firme, meu irmão! Deus proverá!”

Mario Frias, o ex-secretário de Cultura de Bolsonaro, também manifestou solidariedade e pra variar, cometeu erro crasso de português

Gusttavo e Flávio.Créditos: Montagem/Reprodução
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O senador Flávio Bolsonaro (PL), suspeito de um esquema de “rachadinhas” no tempo em que era deputado estadual, manifestou solidariedade nesta terça-feira (31), ao cantor sertanejo Gusttavo Lima, suspeito de receber cachês milionários de pequenas prefeituras, com verbas desviadas da Educação e da Saúde.

Mario Frias, o ex-secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), também se manifestou em sua conta do Twitter e, pra variar, ainda cometeu pelo menos dois erros crassos de português na frase: “A maioria dos brasileiros estão do seu lado. A minoria são somente hipócritas”.

Gusttavo Lima chora em live

Gusttavo Lima, 32, não aguentou a sequência de denúncias de cachês milionários em cidade pequenas cobrados por sua produ??ão, em muitos casos de origem suspeita, e desabou durante uma live na noite desta segunda-feira (30), em sua conta do Instagram. Ele pediu para os fãs rezarem por ele e disse que está prestes a 'jogar a toalha' após a série de denúncias e cancelamentos de seus shows.

"É muito triste ser esculhambado, tratado como se fosse um criminoso, um bandido. Aqui existe um ser humano, um pai de família, ninguém aqui é bandido", disse.

Dinheiro público

O cantor afirmou que não tem ligação com dinheiro público e acredita ser alvo de perseguição. "É um peso gigantesco ter que aguentar tudo isso. Não sei o motivo de tanto ódio, de tanta perseguição”.

Apesar de dizer que não pega dinheiro público, Lima admitiu que cobra das prefeituras o mesmo valor dos contratantes privados e afirmou que a única coisa que tem para vender é a sua arte.

Zé Neto

No dia 14 de maio, o cantor Zé Neto da dupla Zé Neto e Cristiano usou tempo de um show que fez para criticar a Lei Rouanet e disparar contra a cantora Anitta, que tem se posicionado contra o presidente.

“Sorriso, Mato Grosso, um dos Estados que sustentou o Brasil durante a pandemia”, diz o cantor. “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é o povo, a gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ pra mostrar se a gente tá bem ou não, a gente vem simplesmente aqui e canta”, disse na ocasião.

Crise sem precedentes

Ao fazer críticas à Anitta, o cantor Zé Neto abriu uma crise sem precedentes no mercado de shows e acabou virando alvo de críticas de seus colegas de gênero.

De acordo com a coluna do Fefito no Splash, sertanejos não têm poupado críticas a Zé Neto em grupos de WhatsApp, pois suas declarações abriram uma "caixa de Pandora". Desde suas críticas à Lei Rouanet, tem sido revelados vários cachês milionários realizados em cidades pequenas pelo Brasil que foram sido pagos com dinheiro público e muitas vezes sem licitação.