Com o avanço das sanções contra a Rússia e o boicote voluntário de algumas empresas, que deixaram de operar no país, uma delas chamou a atenção: a rede de fast food McDonald's encerrou as suas atividades.
Nas redes, tiveram os que lamentaram pelos russos, mas também aqueles que afirmaram que as pessoas da Rússia deveriam comemorar, pois estão se livrando de "um lixo comida".
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Estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de São Paulo e publicado no Journal of The Aademy Of Nutrition and Dietetics revela que o consumo de ultraprocessados pode aumentar em 45% o risco de obesidade para adolescentes.
Outro dado revelado pelo mesmo estudo é que uma alimentação com alto consumo de processados aumenta em 52% o risco de acúmulo de gordura abdominal e em 63% a chance de gordura visceral, entre os órgãos internos.
Outra pesquisa divulgada pela revista Lancet em 2021, mostra que quase 30 milhões da população adulta brasileira é obesa. Em uma comparação mundial, o Brasil ocupa 5º lugar no ranking, que é liderado pelos EUA, onde 86,9 milhões de pessoas estão acima do peso.
Diversos estudos nutricionais e sociológicos apontam que a ascensão do chamado fast food está diretamente relacionada ao avanço da obesidade e, consequentemente, com o aumento de diabetes, doenças do coração e câncer.
McDonald's, Burger King e KFC são três grandes redes de comida ultraprocessada que estão presentes em boa parte do mundo e, simbolicamente, representam uma sociedade que “não tem mais tempo” para parar e comer de maneira saudável.
Mas qual é o tamanho disso? O quanto as redes de fast food são responsáveis por um tipo de alimentação que é considerado danoso à saúde?
Pensando nisso, separamos alguns documentários que tratam do fast food e como o consumo exacerbado desse tipo de comida está relacionado a uma série de doenças que se tornam cada vez mais comum e, algumas delas, atingem níveis epidêmicos.
Super Size Me
Lançado em 2004, esse documentário já se tornou um clássico e mostra o experimento de Spurlock, que passa um mês se alimentando de McDonald's com os tamanhos super grande (super size me).
Apesar do exagero e, claramente, o experimento vai gerar danos à saúde do documentarista, o filme serviu para alertar sobre o fato de que as pessoas, cada vez mais jovens, se alimentam de ultraprocessados e a relação disso com uma série de doenças.
Por conta do grande sucesso do filme, que recebeu o Oscar de melhor documentário, as redes de fast food dos EUA retiraram do cardápio o tamanho gigante.
Está disponível na Prime Video (Amazon).
What the health
Este documentário também parte de uma experiência pessoal: o cineasta Kip Andersen, que é hipocondríaco assumido, trata de uma herança genética em torno da diabetes e doenças do coração.
A partir da sua experiência pessoal, Andersen vai a campo para defender uma alimentação com base em vegetais e criticar o consumo de excessivo de carnes e ultraprocessados.
What the Health está disponível na Netflix
Food, Inc
Este documentário vai além da investigação da alimentação fast food, mas também lança um olhar sobre como as grandes corporações, além de controlarem a indústria dos ultraprocessados, também controlam o mercado global de grãos.
Além disso, o filme questiona o papel de alguns órgãos que deveriam controlar a qualidade da alimentação e com isso está relacionado diretamente a danos causados nas sociedades.
Está disponível na Prime Video (Amazon).
Cowspiracy
Esse documentário, que também é dirigido por Kip Andersen, é uma investigação sobre a agropecuária e como este tipo de produção está dizimando recursos naturais do planeta.
O filme, que é produzido por Leonadro Dicaprio, trata de como o tamanho da produção atual é insustentável. O longa está disponível na Netflix.
O veneno está na mesa
Dirigido por Silvio Tendler, este documentário trata de uma resposta para todas as questões que são levantadas pelos documentários anteriores: como sair de ciclo vicioso de alimentação ultraprocessada e agropecuária destrutiva?