NOVOS BAIANOS

Morre Luiz Galvão, o letrista dos Novos Baianos

Artista é o compositor de vários sucessos da banda, como "Acabou Chorare", "Preta Pretinha" e "Mistério do Planeta"

Novos Baianos em reencontro; Galvão é o segundo, da esquerda pra direita.Créditos: Dario-Zalis/Divulgação
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Luiz Galvão, o letrista e fundador do grupo Novos Baianos, morreu na noite de sábado (22), em São Paulo, aos 87 anos.

Galvão estava internado desde o dia 16 na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com suspeita de hemorragia gastrointestinal.

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O poeta foi transferido para o Instituto do Coração (Incor), também em São Paulo, na terça-feira (18).

Galvão chegou a ter alta na quarta-feira, no entanto, no mesmo dia, ele voltou a ter mal estar, retornou ao hospital e foi intubado em uma Unidade de Tratamento Intensivo.

Galvão enfrentava problemas de saúde, não conseguia andar, e já havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um infarto. O músico também era diabético.

Novos Baianos

Nascido em Juazeiro (BA), Galvão fundou, em parceria com Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, o grupo Novos Baianos em 1968.

De acordo com sua esposa Janete Galvão, ele nasceu em 1935, mas seu registro foi feito apenas dois anos depois, em 1937.

É o compositor de vários sucessos da banda, como "Acabou Chorare", "Preta Pretinha" e "Mistério do Planeta".

Homenagem de Caetano Veloso

Caetano Veloso lamentou a morte do amigo em sua conta do Instagram:

"Galvão criou e liderou o grupo Novos Baianos, acontecimento que se coloca entre os que mudaram o rumo da história do Brasil. Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum Acabou Chorare mas que se desdobrou em muito mais", escreveu o artista.

“Vamos sentir saudade dele - e também celebrar a peculiaridade de sua pessoa. Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre O Farol da Barra. Num barzinho do Campo Grande a dupla era Moraes e Galvão. Depois se multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o país capaz de muito mais do que parece”, afirmou Caetano Veloso