Ao ser perguntado sobre a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, nesta quinta-feira (20), durante a abertura do pavilhão brasileiro da 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, respondeu aflito:
“Eu não conheço nada, desculpa! Me ajude.”
Após ouvir da repórter Michele Oliveira, da Folha, que “ela vai ganhar o Leão de Ouro pelos projetos que ela fez no Brasil, como o Masp e o Sesc Pompeia”, o secretário responde:
“Eu acho exatamente o que eu falei antes. Acho que a manifestação artística é a alma de um povo. Acho que é fantástico quando a gente tem um brasileiro que transborda essa camada de artistas importantes. Fico super orgulhoso, assim como estou orgulhoso de estar aqui. Para mim é um privilégio, eu nunca vim a Veneza e provavelmente não viria na minha existência [rindo].”
Lina Bo Bardi
A arquiteta Lina Bo Bardi venceu o Prêmio Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra, na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, também conhecida como Biennale Architettura. O evento é considerado o mais significativo do calendário da arquitetura mundial.
O Leão de Ouro é um reconhecimento aprovado pelo Conselho de Administração da Biennale di Venezia por recomendação da Biennale Architettura. No entanto, os arquitetos premiados in memoriam são uma excepção. A premiação vai acontecer no dia 22 de maio, na cerimônia de inauguração da Bienal de Arquitetura 2021.
Ela foi uma conceituada designer, cenógrafa, artista e crítica de artes. Ela foi indicada pelo arquiteto Hashim Sarkis, curador da Bienal do ano passado, que disse que Lina Bo Bardi exemplifica a perseverança do arquiteto. Lina também foi esposa do diretor do MASP (Museu de Arte de São Paulo), Pietro Maria Bardi.