Morre Eva Wilma, aos 87 anos. O Brasil perde uma de suas maiores atrizes

A atriz, que fez dezenas de novelas e centenas de peças teatrais, trabalhou até abril do ano passado, quando apresentou o show “Casos e Canções”, transmitido online

Foto: Divulgação
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A atriz Eva Wilma morreu neste sábado (16), aos 87 anos. Ela estava internada no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, desde o dia 15 de abril para tratamento de problemas cardíacos provenientes um câncer de ovário.

Eva Wilma Riefle Buckup nasceu em 14 de dezembro de 1933 na cidade de São Paulo. Ela iniciou a carreira artística aos 19 anos, no Ballet do IV Centenário de São Paulo, mas abandonou a dança pouco depois, quando recebeu convites para integrar o Teatro de Arena e o programa “Alô Doçura”, da TV Tupi.

Em 1952, aos 19, começou no teatro ao lado de seu futuro marido, o ator John Herbert, morto há dez anos, com “Uma Mulher e Três Palhaços”. No ano seguinte, fez seu primeiro filme, a comédia “Uma Pulga na Balança”, dirigida pelo italiano Luciano Salce.

Eva Wilma estrelou dezenas de novelas como "Meu Pé de Laranja Lima" (1971) e a primeira versão de "Mulheres de Areia" (1973), na qual interpretava as gêmeas Ruth e Raquel. Estes papéis foram feitos por Glória Pires vinte anos depois, no remake da trama. Eva também fez a vilã Altiva, de “A Indomada”, que rendeu vários prêmios para a atriz, além de "Pedra sobre Pedra" (1992), "O Rei do Gado" (1996) e “Começar de Novo” (2004).

Ela jamais se afastou do teatro, onde participou de espetáculos como “Antígona”, em 1976, “Esperando Godot”, em 1977, “Pato com Laranja”, em 1980, e “Querida Mamãe”, de 1994 a 1996. Por este espetáculo ela recebeu os troféus dos prêmios Molière, Shell e Sharp.

Após uma internação em março de 2016, ela ainda faria mais três espetáculos. Em agosto estrelou, ao lado de Nicette Bruno, “O Que Terá Acontecido a Baby Jane”, onde fazia a personagem-título, imortalizada no cinema por Bette Davis. Em 2018, participou de uma remontagem de “Quarta-Feira, Sem Falta, Lá em Casa”, de Mário Brasini, junto com Suely Franco e sob a direção de Alexandre Reinecke.

Estreou no mesmo ano o show “Casos e Canções”, em que revisitava sua longa carreira acompanhada ao violão pelo filho John Herbert Júnior e pelo pianista e cantor William Paiva. Em abril do ano passado, no começo da pandemia, apresentou este espetáculo numa live, transmitida online. Foi seu último trabalho.

Deixa os filhos Vivien e John Herbert Junior, de seu primeiro casamento, e os netos Miguel, Mateus, Gabriela, Francisco e Vitorio.

Com informações da Folha e do G1

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