A série La Casa de Papel, mais do que versar sobre um grupo liderado pelo “Professor” que realiza mega-assaltos, é uma crítica contundente ao modo de produção capitalista, especialista em vender sonhos e relegar para a maioria da população a pobreza e frustrações.
Mas, ao longo dos últimos anos, uma variedade de séries também tiveram (algumas ainda estão em exibição) como eixo central de seus respectivos roteiros uma crítica ao capitalismo.
Há tramas que criticam de maneira geral, outras escolhem subáreas do sistema capitalista, tais como o mercado financeiro, a internet e a publicidade.
Como tem muita coisa por aí, montamos uma lista com 10 séries que fazem críticas ao sistema. Já pode separar a sua próxima pra maratonar!
Billions (Netflix)
Nesta série acompanhamos o dia a dia de Robert Axelrod, um investidor bilionário e agressivo que possui uma empresa de gestão de fundos.
Axelrold fez fortuna com o crash do 11 de setembro e a sua ganância encontra pelo caminho o procurador de justiça Chuck Rhoades, um idealista que vive no encalço dos ricos que insistem em sonegar.
A trama traz o embate entre essas duas figuras pra lá de complexas.
Na rota do dinheiro sujo (Netflix)
Série documental que aborda grandes fraudes do mercado financeiro e capitalista em geral, de grandes indústrias, lavagem de dinheiro e até o envolvimento de narcotraficantes com o banco HSBC.
The Office (HBO MAX e Prime Video/Amazon)
Quem foi que disse que produções críticas ao capitalismo precisam ser sempre densas e pesadas?
The Office é uma série de comédia dramática que acompanha o dia a dia de um escritório de uma fábrica de papel em decadência.
Além de abordar a mudança do mundo trabalho, a série também mostra a precariedade da classe trabalhadora, mas sempre com humor ácido.
Mad Men (HBO MAX)
Sabemos muito bem que para o capitalismo seguir pleno é preciso convencer as pessoas de que estão vivendo "no melhor dos mundos".
Essa série da HBO mostra o cotidiano de uma grande agência de publicidade em Nova York e toda a construção estética do capitalismo e, claro, do "American Way of life".
Mr. Robot (Prime Video/Amazon)
Elliot é um jovem programador com um único objetivo: hackear e destruir o mercado financeiro e o modo de produção capitalista.
Porém, para alcançar os seus objetivos ele vai descobrir que além do Vale do Silício e da Casa Branca, há muita gente interessada em manter o sistema capitalista, ainda que de maneira caótica.
Desserviço ao consumidor (Netflix)
Como foi que o plástico entrou e dominou as nossas vidas? O lixo que reciclamos, está, de fato, tendo alguma incidência em construir um mundo menos poluído?
E se alguém te contasse que as grandes empresas que se vendem como ecológicas são as maiores poluidoras e que o lixo rende bilhões no mercado financeiro?
Essas são algumas das premissas dessa excelente serie documental.
Years and Years (HBO MAX)
Essa produção, que gerou muita polêmica à época de sua exibição, retrata a ascensão de uma líder da extrema direita e de como o sistema capitaista, o mercado financeiro e o Estado existem, em grande medida, para proteger os detentores dos meios de produção.
3% (Netflix)
Trama distópica que mostra um mundo onde o capitalismo deu certo de maneira trágica: ao contaminar a Terra, o 1% mais rico vai viver em Mar Alto.
Mas, mostrando como são “caridosos”, uma vez por ano os líderes de Mar Alto abrem um concurso para os viventes do Continente. Quem conseguir passar pelos jogos pode viver na riqueza.
3% é a série brasileira de maior audiência fora do Brasil.
Succession (HBO MAX)
A partir da história da família Roys, que é dona de uma rede de mídia global, a trama mostra como as comunicações funcionam em conluio com o mercado financeiro e o poder político.
Além disso, a história também narra a disputa de poder dentro da própria família.
Silicon Valley (HBO MAX)
Outra série de comédia dramática que, com ares de crítica, aborda a história de jovens programadores que buscam fama e dinheiro no Vale do Silício, centro financeiro dos EUA.