O ex-presidente Lula (PT) não está apenas na primeira colocação em todas as pesquisas eleitorais para 2022. Sua biografia, de autoria do jornalista e escritor Fernando Morais, é o livro mais vendido do gênero na Amazon do Brasil.
A autobiografia do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), candidato à presidência, surge apenas na 21ª colocação.
A obra “Lula, volume 1: Biografia” foi lançada pela Companhia das Letras, em novembro, e aborda da infância até as anulações das condenações do ex-presidente por Moro, considerado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A lista dos 50 mais vendidos tem ainda “Malala, a menina que queria ir para a escola”, de Adriana Carranca, da Companhia das Letras, em quinto. A biografia de Roberto Carlos, escrita por Paulo Cesar de Araújo e editada pela Record, em 28º.
Em 31º está a biografia de Carlos Marighella, de Mário Magalhães, pela Companhia das Letras, impulsionada pelo sucesso do filme baseado na obra, com direção de Wagner Moura. As informações são da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
Veja ignora livro sobre Lula, mas obra vai para lista dos mais vendidos da revista
De acordo com o escritor Fernando Morais, a revista Veja não deu uma linha a respeito do primeiro volume da sua da biografia do ex-presidente Lula. “Nem pra insultar”, escreveu o escritor.
A revista, no entanto, teve que engolir o livro de Morais em primeiro lugar na sua lista dos mais vendidos na categoria “Não ficção”.
Morais publicou o feito em suas redes sociais: “Mas entramos na revista pela porta da frente: primeiro lugar na lista de mais vendidos. Tomaram na tarra”.
Obra consumiu uma década de trabalho
Fernando Morais acompanhou o presidente o ex-presidente desde 2011, quando teve “acesso direto, franco e frequente a Lula”.
“A essas dezenas de horas de depoimentos, somou o fato de o repórter e a prosa cativante para compor o projeto biográfico que traz um painel do personagem em toda a sua grandeza e complexidade”, informava o material de divulgação da Companhia das Letras.
Morais optou por uma narrativa que faz uso de recuos e avanços cronológicos para dar um “ritmo eletrizante”.
O volume da biografia de Lula passa pela infância, as greves do ABC, a fundação do PT e a primeira campanha eleitoral”.