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O ex-Trapalhões Dedé Santana, 83, protagonista de um encontro desastrado de artistas sertanejos com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), onde se falou sobre o fim da meia entrada, afirmou que o presidente “é muito legal”.
“Ele [o presidente] é muito legal. Fui várias vezes à casa dele. Ele conversa assim: ‘Porra, Dedé, caralho, bicho, tô fodido aqui’. É um cara, assim, povão mesmo”, relata o ator.
Dedé disse ainda ser fã do ministro da Economia, Paulo Guedes: “Aí eu entrei no avião em Brasília pra vir embora e dei de cara com o Paulo Guedes”, conta. “Eu sou fã do Paulo Guedes. De carteirinha”, emenda. “Ele disse que gostava muito do meu trabalho. Eu falei: ‘Pô, que legal. Hoje completei uma missão, que foi te conhecer’.”
“Gosto do Guedes. Gosto do Moro. E gosto do Bolsonaro, pronto [risos]. Gosto dele. Até me provarem o contrário, né?”, afirma o ator. “Um amigo falou: ‘Pô, você foi no encontro [com o Bolsonaro], é capaz de você estar na peça e um petista ir lá e te vaiar’. Paciência. Quer vaiar, vaia. Graças a Deus nunca aconteceu.”
Evangélico, Dedé afirma não ter assistido ao especial de Natal do grupo humorístico Porta dos Fundos que retrata Jesus como gay. “Vai mexer com Jesus, Deus e essas coisas? Apesar que também acho que Deus não está se incomodando com isso. Acho que não tem necessidade. Sei lá”, diz.
Apesar disso, ele diz que o politicamente correto “amordaçou os comediantes”. “A gente brincava com bicha, mas não era pra sacanear. Era brincadeira. Hoje não pode. Como vou falar ‘um negão’? Não dá. Hoje tem que falar afrodescendente. Pra pedir um doce eu me policio. ‘Me dá uma nega maluca’. Porra, [se eu disser isso] tô em cana. Tem que falar: ‘Me dá uma afrodescendente desmiolada!’ [risos]”
O humorista diz ser muito amigo de Regina Duarte, nomeada para a Secretaria Especial da Cultura do governo federal. “Acho que ela vai arrumar muita briga com isso, muita dor de cabeça. Só de levantar a bandeira do Bolsonaro ela arrumou 500 inimigos no meio. O próprio Zé de Abreu está malhando ela.”
“A gente tem que respeitar [Regina]. Ela é o mito da TV. Pra mim, o Pelé da televisão chama-se Regina Duarte. Ela foi namoradinha do Brasil não é à toa. Ela começou essa merda tudo em preto e branco, ralando. Pô, tem que valorizar”, diz.
Com informações da coluna de Monica Bergamo