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O ator e diretor Carlos Vereza, apoiador de Jair Bolsonaro, saiu desolado de uma reunião com o ministro da Educação Abraham Weintraub, nesta sexta-feira (10), em Brasília. O ministro lhe disse pessoalmente que o Ministério da Educação (MEC) não renovará mesmo o contrato com a Associação de Comunicação Roquette Pinto, a Acerp, responsável pela gestão da TV Escola desde a fundação em 1996.
O ator afirmou, às vésperas do Natal, que se Bolsonaro “terminar com a TV Escola, não tenho como manter meu apoio”. Vereza apresenta o programa “Plano Sequência”, da emissora, que havia sido lançado em evento na semana anterior. A atração apresenta um panorama sobre a história do cinema brasileiro.
De acordo com a coluna de Sonia Racy, Vereza foi convidado pelo próprio Weintraub para participar da reunião. “Fiz questão de pagar meu voo e meu hotel. Fiz de tudo para convencê-lo, mas só ouvi argumentos burocráticos para acabar com uma TV de baixo custo”, disse.
O ator, que mudou pra São Paulo por conta do programa, disse ainda: “Foi dito que o sinal (da TV) seria mantido pelo menos até acabar meu programa. Falta exibir 21 entrevistas. Mas eu, sinceramente, não sei mais”, completou.
Vereza afirmou que o ministro “foi muito gentil” na reunião, mas disse estar “entristecido” com o presidente Bolsonaro pois, segundo ele, seu governo “não tem investimento nenhum em Cultura”. Votaria nele de novo? “Eu teria que pensar muito. Muito!”.
Bolsonaro defende o cancelamento de contrato do MEC com a emissora. Para ele, os programas transmitidos eram todos de esquerda e seguiam pensamento do educador Paulo Freire.