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Pouco afeito à literatura e à arte, Jair Bolsonaro terá que desembolsar 50 mil euros do governo e assinar o diploma do Prêmio Camões 2019, que tem como vencedor o escritor, cantor e compositor brasileiro Chico Buarque, amigo íntimo do ex-presidente Lula, com quem esteve nesta quinta-feira (19) na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista cumpre prisão política.
Bolsonaro não cumprimentou Chico pela conquista do prêmio, um dos maiores reconhecimentos da literatura em língua portuguesa, quando foi divulgado o resultado, em maio.
O Prêmio Camões de Literatura foi instituído em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum.
Segundo reportagem da coluna Radar, da revista Veja, as três vias do diploma, assinadas pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegaram ao governo para o crivo de Bolsonaro, antes de retornarem a Lisboa. Estão com Osmar Terra, a quem a Cultura está subordinada.
Chico foi escolhido por unanimidade, pelo júri formado por representantes do Brasil, Portugal, Moçambique e Angola. A cerimônia de entrega ainda será marcada, em Lisboa.
Na semana passada, o Itamaraty vetou a exibição de um filme sobre o cantor, compositor e escritor numa mostra de filmes no Uruguai.