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Christian de Castro, diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), suspendeu, nesta quinta-feira (18), o repasse de verbas para a produção de audiovisual (filmes e séries). A medida paralisa as atividades da agência.
A determinação surpreendeu o setor, principalmente porque veio logo em seguida de a Ancine anunciar que contestaria o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), origem do problema.
O acórdão indica que há irregularidades na prestação de contas da agência e manda suspender as atividades. No entanto, a entidade alega já ter entregue ao TCU um Plano de Ação com todas as estratégias para atender às demandas do tribunal.
A decisão de suspender o repasse de verbas veio no dia em que o Brasil conseguiu classificar quatro longas no tradicional Festival de Cannes: "Bacurau", "O Traidor", "A vida invisível de Eurídice Gusmão" e "Port Authority".
Fundo Setorial
A paralisação das atividades da Ancine é grave para a cultura nacional, porque a agência é a empresa governamental responsável por estimular o audiovisual brasileiro. Entre outras funções, administra o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que trata de boa parte dos recursos que viabilizam a produção de curtas, longas, documentários, animações e séries.