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[caption id="attachment_139445" align="alignnone" width="590"] Foto: Divulgação/Cacá Diegues[/caption]
Aos 78 anos, o cineasta Cacá Diegues foi eleito, nesta quinta-feira (30), o novo integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele vai ocupar a cadeira 7, que pertencia ao também cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto em abril. Ambos eram amigos e fizeram parte do Cinema Novo, movimento que mudou a estética do cinema nacional, em resposta à instabilidade racial e classista do Brasil, durante os anos de 1960 e 1970.
Nascido em Alagoas, Carlos José Fontes Diegues recebeu 22 votos entre os 24 acadêmicos que estavam presentes, além de 11 por cartas. Ao longo da carreira, fez 20 filmes, entre eles, “Ganga Zumba” (1964), “Joanna Francesa” (1973), “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Quilombo” (1984), “Um trem para as estrelas” (1987), “Tieta do Agreste” (1995), “Orfeu” (1999), “Deus é brasileiro” (2003), “O maior amor do mundo” (2005) e “O grande circo místico” (2018).
“A Academia celebra a presença de Cacá Diegues em seus quadros. Um dos mais premiados cineastas brasileiros, cuja obra lança um olhar profundo e generoso sobre nosso país. Crítico refinado, diretor reconhecido além-fronteiras. Sua entrada é uma homenagem ao saudoso Nelson Pereira dos Santos, de quem foi amigo, através das novas lentes que ambos construíram para ver mais longe a nossa realidade”, disse Marco Lucchesi, presidente da ABL.
Além de Cacá Diegues, mais dez intelectuais concorriam à vaga, entre eles a premiada escritora Conceição Evaristo, que, aos 71 anos, tentava ser a primeira mulher negra a ingressar na ABL. Estavam na disputa, também: Pedro Corrêa do Lago, Raul de Taunay, Remilson Soares Candeia, Francisco Regis Frota Araújo, Placidino Guerrieri Brigagão, Raquel Naveira, José Itamar Abreu Costa, José Carlos Gentili e Evangelina de Oliveira.
Com informações do G1