Moska desabafa em nova canção: “Não quero mais nenhum direito a menos”

A canção, com letra de Carlos Rennó, acaba de ser lançada junto com vídeo clipe. Veja e ouça aqui.

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O cantor e compositor Moska acaba de lançar, em parceria com Carlos Rennó, a canção e o clipe "Nenhum Direito a Menos". Como o próprio título define, a letra é iminentemente política e, sem citar nomes, faz um balanço do Brasil dos últimos anos e, diante de tantos perdidos, o refrão insiste: “Não quero mais nenhum direito a menos”.

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A canção foge um tanto do som habitual de Moska e segue em uma linha mais roqueira, com produção de Liminha e melodia declamada em tom quase rap, a letra começa com um verso rasgado:

“Nesse momento de gritante retrocesso De um temerário e incompetente mau congresso”

Em um giro sobre todas as grandes pautas de direitos civis que são disputadas palmo a palmo hoje no país, a letra prossegue de forma contundente e direta:

“Nessa nação onde se mata e trata mal Mulher e pobre, preto e jovem, índio e tal Onde nem lésbica, nem gay, nem bi, nem trans São plenamente cidadãos e cidadãs”

E a canção toca no ponto exato da ferida:

“Nesse Brasil da injustiça social E de uma tal desigualdade sem igual Queria ver os grandes lucros divididos E os dividendos afinal distribuídos”

E, ao final de cada verso, o refrão insiste com melodia forte e conclusiva:

Não quero mais nenhum direito a menos

Ouça a canção e leia a letra abaixo:

"Nenhum Direito a Menos" (Moska / Carlos Rennó) Nesse momento de gritante retrocesso De um temerário e incompetente mau congresso Em que poderes ainda mais podres que antes Põem em liquidação direitos importantes Eu quero diante desses homens tão obscenos Poder gritar de coração e peito plenos: Não quero mais nenhum direito a menos Nesse país em que se vende por ganância Direito à vida, à juventude, e à infância Direito à terra, ao aborto e à floresta À liberdade, ao protesto, ao que nos resta Eu grito "fora!" esses homens tão pequenos De interesses grandes como seus terrenos Não quero mais nenhum direito a menos

Nessa nação onde se mata e trata mal Mulher e pobre, preto e jovem, índio e tal Onde nem lésbica, nem gay, nem bi, nem trans São plenamente cidadãos e cidadãs Não quero mais cantar meus versos mais amenos A menos que antes seus direitos sejam plenos Não quero mais nenhum direito a menos Nesse Brasil da injustiça social E de uma tal desigualdade sem igual Queria ver os grandes lucros divididos E os dividendos afinal distribuídos Os bilionários concordando com tais planos Se revelando seres realmente humanos Não quero mais nenhum direito a menos Nesse momento de tão pouca luz à vista E tanto ataque ao que é direito e é conquista Eu canto tanto desistência, o desencanto Mas canto a luta, a resistência, tanto quanto E quanto àqueles que ainda pensam que detém-nos Eu canto e grito a pulmões e peito plenos: Não quero mais nenhum direito a menos