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O projeto musical Zamba se propôs a narrar a trajetória sociocultural das Américas através da música instrumental. Após muito estudo e pesquisa, o grupo conseguiu captar a essência deste conteúdo, registrados em CD e DVD.
Da Redação
O projeto musical Zamba se propôs a narrar a trajetória sociocultural das Américas através da música instrumental. Após muito estudo e pesquisa, o grupo conseguiu captar a essência deste conteúdo, registrados em CD e DVD.
O álbum homônimo, por exemplo, foi lançado em 2016. As sete faixas do material contam - em ordem cronológica - trechos desta história. “Buscamos de uma maneira singela narrar o início de tudo com tambores cubanos e africanos e, a partir daí, construir uma narrativa que passa pelo jazz, pelo soul, dentre outros estilos, resgatando nossa identidade”, comenta Állan Azambuja, um dos idealizadores do projeto.
A primeira música do disco, Zumba, é composta basicamente por tambores ao estilo tribal, fazendo referência ao nascimento das primeiras civilizações. O trabalho segue com Zambi, nome que significa Deus em várias etnias. Nesta faixa, o percussionista Fabio Salem relembra o período de escravidão com o som de seu berimbau.
A história avança em New Pacha. O nome remete a “Novo Mundo” (New: “novo” em inglês; Pacha (abreviação de Pacha Mama), que significa “mãe Terra” ou “mundo” na América Andina). “A música resume a época em que negros e escravos foram proibidos de tocar seus instrumentos. E, para continuar fazendo música, era preciso tocar os instrumentos do homem branco, do colonizador”, explica Gabriel Lima, músico que ajudou a fundar o grupo.
Nas faixas seguintes, Praise, Peabiru, Jaguará e No Harlem, o grupo Zamba flerta com o Jazz e o Soul estadunidense. Todas as músicas do disco compõem o Zamba Ao Vivo no Teatro da Rotina, que conta ainda com mais uma nova faixa, Cordillera. O material foi lançado em fevereiro de 2017. O DVD foi produzido pela Quixó Produções em parceria com o estúdio Azambuja.
O projeto vem ganhando espaço. Em março, por exemplo, o grupo foi uma das atrações do projeto Instrumental Sesc Brasil, realizado no Teatro Anchieta, unidade Consolação.
O projeto trabalha, ainda, na produção do segundo disco, que deve ser lançado no final de 2017. As composições Cordillera, Solstício, executadas no palco do Sesc Consolação, estarão neste novo trabalho.
IDEALIZADORES DO PROJETO
Állan Azambuja
É músico, compositor e produtor musical, nascido no Mato Grosso do Sul e criado no Amapá. Fundador do Azambuja, selo de gravação, e do Zamba, projeto de música instrumental. Atua desde 2010 na cidade de São Paulo, onde reside desde então. Em todo o Brasil, trabalhando com artistas como: Juçara Marçal, Projota, Cícero, Rodrigo Campos e muitos outros. Em 2016 com a banda Verónica Decide Morrer, participou da Virada Cultural Paulista e do programa Cultura Livre da TV Cultura. É formado pela Universidade Anhembi Morumbi, pelo Instituto de Áudio e Vídeo e pelo Conservatório Souza Lima.
Gabriel Lima
É baterista, percussionista e produtor musical. Paulistano, começou na percussão afro-cubana, com apenas 11 anos. Na bateria, teve a oportunidade de estudar com Azael Rodrigues por 7 anos no Conservatório Souza Lima. Passou por diversas bandas como, por exemplo, Casa do Groove, Elefantes, 2 Reis e, atualmente, Zamba. Ao longo de seus 12 anos na música, Gabriel já passou por palcos como o do Bourbon Street, All of Jazz, Memorial da América Latina, Citibank Hall, e muitos outros em diversos estados do país, tendo dividido noites com bandas como Skank e Nando Reis e os Infernais.
Ficha Técnica DO CD:
Gabriel Chinelo - Bateria e Percussão
Fabio Salem - Percussão
Rafael Zulu - Percussão
Adson Silva - Baixo
Rafael do Ó - Guitarra
Luis Daltro - Guitarra
Állan Azambuja - Teclas e Violão
Osmar Wagner - Sopros
Denizard Basilio - Sopros
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