Além de oferecer serviços aos moradores dos bairros mais periféricos da cidade, por meio de novas escolas e creches, hospitais e unidades de saúde (UPA, UBS, hospitais DIA), faixas exclusivas de ônibus, ciclovias, entre outros, a gestão Fernando Haddad também leva atrações culturais para aqueles territórios. Democratizar o acesso à cultura é o objetivo da Prefeitura de São Paulo.
A descentralização dos eventos culturais sempre foi uma reivindicação dos movimentos sociais e da população. Pensando nisso, a Prefeitura de São Paulo preparou a segunda etapa do Circuito São Paulo de Cultura, o maior da cidade, pela cobertura territorial e pela diversidade das atrações. No primeiro ano do Circuito (2014), os equipamentos culturais do município tiveram um aumento de 42% em sua frequência de público.
Nesta segunda edição, serão mais de 1.500 espetáculos de música, dança, teatro, cinema, circo, contação de histórias, literatura e artes visuais, em 150 territórios da cidade. A programação é variada e para públicos de todas as idades, mas se destaca a programação voltada ao público infantil, desenvolvida em parceria com o programa São Paulo Carinhosa. Essa programação fará referência aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aos 80 anos da Educação Infantil em São Paulo. Cerca de 30% das atividades do Circuito são voltadas ao público infantil, principalmente às crianças de famílias de baixa renda.
Além de promover atividades em muitos pontos da cidade, o Circuito estimula a formação de novos públicos, valoriza as produções artísticas dos territórios, preserva a identidade cultural dos mesmos, além de levar para as regiões periféricas, e para toda cidade, artistas renomados. Os moradores de Itaquera vão ter a oportunidade de curtir as músicas de Chico César. Os de Santana poderão escutar, ao vivo, a talentosa artista paraense, Fafá de Belém. Ídolo da Jovem Guarda, Jerry Adriani estará em três CEUs da capital e Zeca Baleiro em outros cinco. São cantores reconhecidos que levarão suas canções para milhares de pessoas, em todas as regiões de Sampa. Tudo gratuito.
O programa vai além de um evento isolado, é uma política cultural contínua e permanente. No nosso entendimento, não adianta promover shows de hip-hop onde as pessoas preferem ouvir samba e vice-versa. A ideia é oferecer o maior número de atrações, mas de forma organizada e que contemple as preferências de cada região de São Paulo. Por isso, a programação foi feita em conjunto com os moradores dos bairros. Foram mapeados os principais gostos culturais de cada região, para se montar uma grade original de eventos, que satisfaça às pessoas que irão frequentar os espetáculos.
Além de estimular a circulação nos territórios, o programa estimula o uso dos equipamentos públicos, pois as apresentações ocorrerão em teatros, centros culturais, parques, CEUs, casas de cultura, ruas e avenidas de todas as subprefeituras.
Com o Circuito SP de Cultura, a Prefeitura redesenha o mapa cultural da cidade e estimula que os artistas locais criem programações permanentes nos territórios. O acesso à cultura é importante para a formação do cidadão. As pessoas se sentem integradas à cidade, além de se sentirem valorizadas, pois são lembradas pela administração municipal, que tem o dever de oferecer atividades para todos, de maneira democrática e transparente. Todo mundo ganha, a cidade fica cheia de vida, ocupada pelos cidadãos. O público fica satisfeito com o ganho artístico-cultural e é estimulado a criar em outras áreas da vida.
*Chico Macena, 53 anos, é administrador e Secretário do Governo do Município de São Paulo
Foto de capa: montagem da “Cena Urbana Companhia Teatral” da peça Morte e Vida Severina