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Filme da diretora francesa Eléonore Pourriat mostra o cotidiano de um homem comum em uma sociedade onde ele é oprimido pelas mulheres pelo simples fato de ser... homem
Por Mariana Serafini, em Vermelho
[caption id="attachment_42324" align="alignleft" width="400"] Capa do filme Maioria Oprimida divulgada na França/Reprodução[/caption]
Piadinhas na rua, elogios que não são bem vindos, provocações sexuais, olhares totalmente indiscretos, todas essas características são, infelizmente, comuns ao cotidiano feminino. O filme mostra a mesma situação, mas ao contrário.
Um homem deixa o filho na babá e sai dar uma volta de bicicleta. Devido ao calor, abre um botão da camisa, usa bermudas acima do joelho e chinelos de dedo.
No sinal vermelho começa a receber provocações de uma mulher, que o faz por se sentir superior, obviamente. Intimidado e humilhado, segue mais rápido a pedalada. Em um beco, várias mulheres começam a provoca-lo. Abusado sexualmente, o homem precisa recorrer a uma delegacia para fazer a denúncia. A delegada e a esposa justificam a violência, “essa camisa aberta, bermudinha”.
Apesar de lançado em 2010, só agora, quatro anos depois, é que Maioria Oprimida ganhou visibilidade. A diretora divulgou o material no Youtube e teve mais de 3 milhões de visualizações em apenas uma semana.
Eléonore acredita que a luta feminista é mais importante agora e o que o filme pode ter mais impacto porque “os direitos estão em perigo”. Apesar de ter recebido muitas críticas, até mesmo em sua caixa de correio, a diretora afirma que continuará fazendo filmes com a mesa temática. Para ela é uma forma de denunciar esta realidade e fazer as pessoas refletirem a respeito do tema.
“Tantas vezes as mulheres são violadas e as pessoas dizem que a culpa é delas, até pessoas próximas”, critica.
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