O Brasil identificou o primeiro caso da subvariante EG.5 do coronavírus, conhecida como variante Éris. O caso foi registrado em São Paulo em uma mulher de 71 anos sem histórico de viagens recentes. A nova variante foi considerada como “de interesse” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no começo de agosto, significa que ela apresenta “vantagens” em comparação a outras e deve ser observada com mais atenção.
O caso registrado na capital paulista começou a ser observado no começo do mês passado, em uma rede particular.
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Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), havia a possibilidade da nova variante já estar circulando, apesar de não ter sido devidamente sequenciada no país.
Na quarta-feira (16), o Ministério da Saúde confirmou a detecção da linhagem, destacando que um paciente já está curado, "tendo apresentado os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, sendo que fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto".
O órgão também informou que está monitorando as novas informações sobre a Covid-19 e está atento às subvariantes. Por enquanto, o Ministério reforça a importância de completar o esquema vacinal com a dose bivalente. Para grupos vulneráveis, como idosos, gestantes e imunossuprimidos, recomenda-se o uso de máscara em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações.
O ministério também ressaltou que as pessoas com sintomas gripais devem realizar o teste da Covid-19 e utilizar a proteção facial. Em caso positivo, o paciente deve seguir as orientações de isolamento para evitar a transmissão do vírus.
Nesses casos, especialistas ressaltam que é fundamental rastrear contatos do paciente inicial e manter o sequenciamento genômico de amostras de pessoas que testaram positivo. Assim, é possível detectar o comportamento dessa nova variante. Por isso, eles também reforçam que é importante que pessoas com sintomas característicos da Covid-19 procurem o serviço de saúde para testagem.
Nos Estados Unidos, a Éris é a variante dominante desde abril, quando foi detectada no país.
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Nova variante não é uma ameaça substancial
Apesar de qualquer doença grave ser um alerta em adultos mais velhos e em pessoas com condições subjacentes, assim como o quadro de Covid-19 prolongado em qualquer paciente, a Éris não representa uma ameaça substancial, de acordo com especialistas. Pelo menos não mais do que qualquer uma das outras principais variantes que circulam atualmente.
"É preocupante o fato de que ela está aumentando (nos EUA), mas não parece ser algo muito diferente do que já vem circulando nos últimos três a quatro meses", disse Andrew Pekosz, professor de Microbiologia Molecular e Imunologia na Escola de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins. "Então acho que é isso que ameniza minha preocupação em relação a essa subvariante, neste momento".
Até mesmo a OMS afirmou, por meio de um comunicado, que com base nas provas disponíveis, “o risco para a saúde pública representado pela EG.5 é avaliado como baixo em nível global”.
*Com informações do The New York Times .