CORONAVÍRUS

Pílula contra Covid “reduz em 90% as chances de internação ou morte”, diz Caseiro

Anvisa recebeu pedido da Pfizer para uso emergencial; infectologista informa que Paxlovid tem indicação para casos leves e moderados, no início da doença

Paxlovid: novo medicamento contra Covid.Créditos: Divulgação/Pfizer
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A Pfizer encaminhou, nesta quarta-feira (16), um pedido à Agência Nacional e Vigilância Sanitária (Anvisa) para a liberação do uso emergencial das pílulas antivirais Paxlovid, fabricadas pela farmacêutica, contra a Covid-19.

“Esse remédio é muito interessante. Já foi, inclusive, aprovado pelo FDA (Food and Drug Adminstration, equivalente à Anvisa nos EUA). Tem indicação para casos leves e moderados, mas no começo da doença, até o quinto dia do início dos sintomas”, afirmou o infectologista Marcos Caseiro.

O médico destacou que se trata de uma boa notícia. “Os estudos mostraram eficácia significativa. De 89 a 90% das pessoas que tomaram não foram hospitalizadas e não morreram. Ou seja, reduz em 90% as chances de internação ou morte. São dados absolutamente surpreendentes e bons.”

Ele explicou que o nome químico do medicamento é Nirmatrelvir e tem 150 miligramas. “A pessoa tem que tomar dois comprimidos de 12 em 12 horas, junto com um comprimido por dia de Ritonavir, durante cinco dias. O remédio aumenta a concentração dessa droga. O nome comercial é Paxlovid.

Caseiro destacou, também, que não é possível ainda saber o preço do medicamento. “Mas, inicialmente, deve ser uma droga cara. Porém, é uma notícia extremamente positiva. Temos, agora, duas drogas, uma da MSD e essa da Pfizer, que reduz absurdamente o risco de morte na fase inicial dos sintomas”, reiterou.

“Não é um medicamento preventivo. A prevenção é isolamento, máscara e vacina. Mas é uma grande alternativa no controle da doença, principalmente para se evitar os casos mais graves”, completou o infectologista.

Pfizer e Ministério da Saúde negociam compra do medicamento

A Pfizer e o Ministério da Saúde começaram a fase de negociações para avaliar a compra do medicamento. Contudo, o acordo só poderá ser concretizado depois da aprovação da Anvisa.

Conforme a agência, as primeiras 24 horas de análise serão utilizadas para “fazer uma triagem no processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis”. Caso haja informações pendentes, a Anvisa deverá solicitá-las à Pfizer.

O órgão tem 30 dias para avaliar o uso emergencial e temporário do medicamento.