A vacina contra a Covid-19 não foi a causa de uma parada cardíaca em uma criança de 10 anos, na cidade de Lençóis Paulista, no interior do estado. A conclusão, divulgada nesta quinta-feira (20), é da Secretaria da Saúde de São Paulo.
O suposto efeito adverso do imunizante foi totalmente descartado, depois de análise do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria, realizada por mais de dez especialistas.
“Não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado”, disse um dos trechos da nota do órgão, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
A avaliação apontou que a criança tinha uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, o que provocou o quadro clínico.
A Secretaria da Saúde, também via nota, afirmou que reforça a importância da vacinação e “reafirma que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes”.
A falsa informação de que a criança apresentou mudanças nos batimentos cardíacos, depois de receber a vacina contra a Covid-19, levou a prefeitura de Lençóis Paulista a suspender, na quarta (19), a campanha de imunização infantil.
A medida foi tomada pelo prefeito Anderson Prado (DEM), após um relato circular pela cidade, dando conta que uma criança, com asma, teria apresentado mudanças nos batimentos cardíacos. Conforme informações dos pais, a criança chegou a desmaiar 12 horas depois de receber o imunizante.
A criança foi encaminhada para uma clínica particular e transferida para um hospital em Botucatu, onde segue em observação.
A prefeitura divulgou uma nota, dizendo que não teve acesso ao prontuário da criança. Apesar disso, tomou a iniciativa de suspender a vacinação de crianças por sete dias.
Anvisa aprova uso da CoronaVac para faixa etária de 6 a 17 anos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria, nesta quinta-feira (20), pela aprovação da CoronaVac para utilização na faixa etária de 6 a 17 anos. Até agora, somente a vacina da Pfizer estava sendo utilizada para imunizar pessoas neste segmento.
Segundo a agência, a formulação e a posologia devem ser as mesmas da vacina aplicada em adultos, ou seja, duas doses em um intervalo de 28 dias. No entanto, a Anvisa não liberou o uso em crianças imunossuprimidas e nem de 3 a 5 anos.
Votaram pela aprovação da CoronaVac a diretora relatora Meiruze Sousa Freitas e os diretores Rômison Rodrigues Mota e Alex Machado Campos. Ainda votam na sessão: Cristiane Jourdan e Antônio Barra Torres.