A FIB Bank, empresa que seria fiadora da compra da vacina Covaxin, contra a Covid-19, junto ao Ministério da Saúde, transferiu mais dinheiro para o apresentador do SBT, Celso Portiolli, do que ao seu CEO, Roberto Ramos.
As informações já estão em poder da CPI do Genocídio e foram obtidas pela coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles. Os senadores que integram a comissão suspeitam que a FIB Bank seja uma empresa fantasma.
De acordo com os dados, de julho de 2020 a maio de 2021, a empresa repassou R$ 36 mil a Roberto Ramos, o CEO da companhia.
Em depoimento à CPI na semana passada, Ramos não revelou por que recebia R$ 4 mil mensais no comando de uma empresa, que garantiu o pagamento de R$ 80,7 milhões ao governo de Jair Bolsonaro.
No caso de Portiolli, a FIB desembolsou R$ 57 mil, entre janeiro de 2020 e maio de 2021. Conforme informações da assessoria do apresentador do SBT, os valores se originam do aluguel de uma sala comercial em Barueri (SP), cidade onde a FIB tem sede.
Fraudes
O empresário Abdul Fares, que já havia revelado à CPI sobre fraudes na FIB, declarou que o advogado Marcos Tolentino é o proprietário da empresa.
Fares revelou, em entrevista, que a firma é fantasma. Tolentino tem depoimento à comissão marcado para esta semana. Ele é amigo do líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), investigado pela CPI.