CEO da Davati diz que reverendo que negociou vacinas queria apresentá-lo a Bolsonaro

Cristiano Carvalho informou à CNN Brasil que as tentativas de negócio para compra de vacinas se encerraram depois da demissão do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Cristiano Carvalho - Foto: Reprodução/Facebook
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O depoimento de Cristiano Carvalho, CEO da Davati no Brasil, na CPI do Genocídio, ainda sem data confirmada, promete provocar fortes emoções. O executivo pretende declarar na comissão que o reverendo batista, Amilton de Paula, pediu para que ele ficasse em Brasília, porque poderia apresentá-lo a Jair Bolsonaro ou alguém da Casa Civil da presidência. As informações são de Renata Agostini, na CNN Brasil.

O encontro seria em março, conforme informou Carvalho. Porém, não ocorreu. Mas ele confirmou que o reverendo dizia ter caminhos para chegar ao Palácio do Planalto. Além disso, o CEO da Davati informou que as tentativas de negócio para compra de vacinas contra a Covid-19 se encerraram depois da demissão do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O reverendo, atuando como intermediário da Davati, teria apresentado o cabo Luiz Dominghetti aos representantes do governo Bolsonaro que trataram da aquisição de vacinas.

O depoimento de Amilton de Paula na CPI está marcado para esta quarta-feira (14). No entanto, ele está tentando escapar do compromisso.

O reverendo avisou aos integrantes da comissão, nesta segunda-feira (12), que não poderá comparecer para depor na sessão de quarta.

Ele teve permissão do Ministério da Saúde para negociar a aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca em nome do governo.

Atestado

Segundo integrantes da CPI, Amilton de Paula encaminhou um atestado médico de 15 dias, a contar de 9 de julho. O motivo seria uma crise renal.

No entanto, outros representantes do colegiado destacaram que, no momento em que telefonaram para avisá-lo da convocação, o reverendo deu outra explicação: disse que não poderia comparecer porque seu advogado estaria viajando na data marcada para a oitiva.