Pazuello mentiu à OMS sobre mortes para defender tratamento precoce

Ex-ministro disse que óbitos por Covid no Brasil foram reduzidos em 70% com tratamento precoce; documento do Itamaraty, de outubro de 2020, já está em poder da CPI do Genocídio

Eduardo Pazuello - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
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O general Eduardo Pazuello, mentiu para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas.

Em um documento do Itamaraty, de outubro de 2020, o ex-ministro da Saúde afirmou que, “especificamente em relação à Covid-19, o Brasil conseguiu diminuir em 70% a proporção de óbitos com a adoção do atual protocolo de tratamento precoce”, de acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, em O Globo.

Porém, o relatório não informou de onde Pazuello retirou os dados apresentados à entidade internacional, se é que tirou de algum lugar.

O documento, no qual o ex-ministro fez enfática defesa do ineficaz tratamento precoce já está em poder dos senadores que integram a CPI do Genocídio.

Reunião

Em uma circular telegráfica, de caráter reservado, enviada no dia 29 de outubro de 2020 para as delegações do Brasil em Genebra e em Washington, o Ministério das Relações Exteriores transcreveu um relato da Assessoria para Assuntos Internacionais da Saúde, vinculada à pasta de Pazuello.

O tema foi um encontro ocorrido entre ele e a diretora da OPAS, Carissa Etienne, no dia 16 do mesmo mês.