O Jornal Nacional desta terça-feira (1) destacou o depoimento de Nise Yamaguchi na CPI do Genocídio. O telejornal da Rede Globo mostrou as contradições da médica, em depoimento de mais de seis horas, e enfatizou a confirmação da existência de um gabinete paralelo.
Esse grupo orientava Jair Bolsonaro sobre questões como tratamento precoce e uso da cloroquina contra Covid-19.
A reportagem, com 12 minutos de duração, contou que, apesar de Nise não ter admitido claramente a ação desse grupo paralelo, acabou se contradizendo, ao declarar que fez várias "consultorias informais" ao Ministério da Saúde e a Bolsonaro.
O JN também apresentou a tentativa da “tropa de choque” do governo em defender a médica, mas sem resultado, pois a médica parecia perdida nas próprias contradições. Durante sua fala na comissão, o médico e senador Otto Alencar (PSD-BA) questionou a capacidade da oncologista para tratar do combate à Covid-19.
O parlamentar fez diversas perguntas a ela sobre o histórico do vírus, assim como as diferenças entre vírus e protozoários, mas ficou sem resposta em parte delas. O parlamentar, então, acusou a profissional de não ter o preparo necessário para atuar na condução da pandemia.
O telejornal também desmentiu Nise quando ela afirmou que o Brasil é um dos países no mundo que mais apresentam curas na Covid. O JN ressaltou que não é verdade, pois como o Brasil é um dos recordistas de casos, a maioria dos pacientes acaba se curando.
Irritação
A matéria veiculou imagens do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), discordando frontalmente de Nise, quando ela se posicionou contra a vacinação em massa contra a Covid-19.
Irritado, Aziz rebateu: “A senhora disse em vacinar aleatoriamente. Tem que vacinar todos os brasileiros, doutora Nise. Pelo amor de Deus, doutora Nise. A senhora me desculpe. Para quem está ouvindo ela, não acreditem nela, tem que vacinar. A vacina salva, tratamento precoce não salva”.