Por meio de um decreto municipal publicado nesta sexta-feira (28), Curitiba terá de voltar para restrições da bandeira vermelha a partir deste sábado (29), diante da piora no quadro em relação à pandemia do coronavírus. As medidas mais restritivas contra a Covid-19 foram divulgadas pela secretária de Saúde da capital paranaense, Márcia Huçulak, e valem, a princípio, até 9 de junho.
Clóvis Arns Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, participou da coletiva de imprensa e classificou o momento como “crítico e dramático”.
Segundo ele, não apenas no serviço público, mas no privado, está “cada vez mais difícil” fornecer atendimento adequado.
“Não temos mais recursos humanos. Estamos pior do que estávamos em março. O problema é nosso, é de Curitiba, do Paraná, do Brasil. Talvez seja a pior situação, temos que realmente, como sociedade, juntos, fazer, enquanto tentamos novas alternativas. Neste momento, é muito importante comunicar a sociedade de que o momento é crítico”, declarou.
Márcia destacou que a prioridade no momento é baixar a curva de casos na cidade e a lotação nos leitos da rede pública de saúde. Ela pediu apoio da população para o controle da pandemia.
“O primeiro pedido que a gente faz para a sociedade: ‘é a última remadinha’. Vamos todos fazer o esforço conjunto da sociedade para baixar essa curva. Estamos vacinando. É a última onda de Covid-19, e a gente vai avançar na vacinação”, disse.
Mudanças
A prefeitura suspendeu o atendimento presencial de atividades não essenciais. O toque de recolher vale entre 21 e 5 horas.
Além disso, o comércio de rua só pode atender em delivery, das 9 às 19 horas, de segunda a sábado. Restaurantes podem atender somente das 10 às 22 horas por delivery, drive thru e retirada em balcão (take away), em todos os dias da semana. Lanchonetes também só podem atender por delivery, drive thru e take away, das 6 às 22 horas, em todos os dias da semana.
No que se refere ao funcionamento do transporte público, os ônibus devem circular com até 50% da capacidade de passageiros.
Já os estabelecimentos que poderão funcionar, por sua vez, terão de restringir o acesso a uma pessoa por família, para evitar aglomerações.
Com informações do G1