Barra Torres, da Anvisa, confirma dificuldade em negociação com a China, mas diz desconhecer "nexo causal"

Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, citou ataques do governo Bolsonaro ao país asiático ao questionar diretor da agência sobre impacto na importação de insumos

Reprodução/TV Senado
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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta terça-feira (11), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, reconheceu que o governo Bolsonaro enfrentou dificuldades para a importação de medicamentos, vacinas, insumos e equipamentos da China e da Índia.

"De fato, durante o transcurso da pandemia, observamos essas dificuldades, momentos em que o IFA [ingrediente farmacêutico ativo] demora mais para chegar, ou chega um pouco depois. O impacto deles [China e Índia] na produção de medicamentos praticamente do mundo todo é imenso", afirmou o diretor da agência brasileira.

Segundo ele, o país enfrentou dificuldade na importação de insumo para a produção da vacina CoronaVac e AstraZeneca.

Barra Torres, no entanto, esquivou-se ao ser questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se os ataques do governo Bolsonaro à China tiveram impacto nas negociações com o país asiático. "Eu não tenho informação do nexo causal", respondeu.

Acompanhe ao vivo o depoimento de Antonio Barra Torres na CPI da Covid-19:

https://www.youtube.com/watch?v=C0Mc15N8p0o