Três meses depois do banho de mar de Bolsonaro, Praia Grande e Baixada Santista contam seus mortos

Os casos de contaminados e mortos na região explodiram. A ocupação de leitos de covid-19 na Baixada Santista está em torno de 80% e, em leitos de UTI, próximo dos 90%

Jair Bolsonaro na Praia Grande durante as férias no Guarujá (Reprodução )
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O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) mergulhou de um barco no mar da Praia Grande (SP), em janeiro deste ano, onde provocou aglomerações e foi recebido como mito por um pequeno coro armado e ensaiado na beira da praia, cnforme lembra a coluna do Estadão.

Hoje, após chegarmos a 331 mil mortos pela covid, a secretaria de Comunicação da Presidência tenta a todo custo demonstrar que o presidente sempre foi responsável com relação à doença.

Não é verdade. E as imagens divulgadas pela própria Presidência demonstram isso. Três meses depois, a Baixada Santista vive, assim como todo o país, a sua pior crise diante da pandemia do coronavírus, com seus mortos, hospitais lotados e, o que é pior, uma projeção péssima para o mês de abril

Segundo dados oficiais, a ocupação de leitos de covid-19 nos municípios da Baixada Santista está em torno de 80% e, em leitos de UTI, próximo dos 90%. Na virada do ano, enquanto a ciência pedia restrições, Bolsonaro dizia que a pandemia estava no fim.

Na mesma Praia Grande onde Bolsonaro tomou o banho de mar, havia, até sexta-feira passada, dia 2, quase 12,5 mil casos confirmados de covid-19. Desde o dia 1.º de janeiro, foram ao menos 119 mortes pela covid-19 na cidade, ante 313 de todo o ano passado.

Há que se lembrar também o comovente vídeo de Márcio Melo Gomes (Republicanos), prefeito de Mongaguá, cidade vizinha à Praia Grande, que perdeu pai e irmão para a doença.

Com informações do Estadão