Medicamentos do “kit intubação” faltam em mais de 60% das unidades municipais de saúde do estado de SP

A carência dos remédios ocorre nos locais adaptados para Covid-19, como Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto-Atendimento e hospitais de campanha

Foto: SES/Divulgação
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Um levantamento realizado pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems) apontou um quadro dramático no setor de saúde. Mais de 60% dos serviços municipais do estado estão com os estoques zerados de medicamentos do “kit intubação”.

O estoque de bloqueador neuromuscular, por exemplo, remédio específico para relaxamento da musculatura, que auxilia o paciente a permanecer com ventilação mecânica, está zerado em 68% dos serviços municipais do estado.

A falta desse tipo de medicamento ocorre nos locais adaptados para atendimento da Covid-19, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e hospitais de campanha.

De acordo com o Cosems, o estoque de sedativos também está vazio em 61% dos serviços municipais. O levantamento foi realizado na terça (13) e divulgado nesta quinta-feira (15).

Tortura

O “kit intubação” reúne um grupo de medicamentos de sedação para controlar os movimentos e a dor do paciente do momento em que ele recebe o tubo até quando acorda.

A falta desses remédios amplia a dor e a angústia dos doentes. Para evitar a situação, alguns hospitais amarram os pacientes. Médicos costumam afirmar que o sofrimento é tão intenso que equivale à tortura.

Com informações do G1