Em sua primeira manifestação pública em 2021, o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu contrariar o chefe Jair Bolsonaro. Durante coletiva sobre os resultados da arrecadação federal em 2020, nesta segunda-feira (25), ele defendeu a “vacinação em massa” contra a Covid-19.
Guedes declarou que a vacinação em massa é “decisiva” para a retomada da atividade econômica no Brasil. “Nesse terceiro ano de governo o grande desafio é a vacinação em massa. Espero que todos auxiliem esse processo”, disse.
“Um recado que eu deixaria é: primeiro a vacinação em massa. Estamos no país do Oswaldo Cruz.Parabéns à Fiocruz, parabéns ao Butantan, parabéns à Anvisa, às Forças Armadas que ajudam na logística da distribuição. E parabéns com louvor aos profissionais de saúde que estão à frente nessa guerra contra a pandemia”, reforçou Guedes.
O ministro também defendeu seu colega da pasta da Saúde, Eduardo Pazuello. “O Brasil está tentando comprar todas as vacinas, sou testemunha do esforço logístico que está sendo feito. A crítica de que estaríamos teria ficado com uma vacina só simplesmente não cabe”.
“Alfinetada”
Mesmo sem mencionar nome, Guedes aproveitou para “alfinetar” o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), hoje um dos principais rivais políticos de Bolsonaro.
“Tem muita gente subindo em cadáveres para fazer política e isso não é bom. A população e os eleitores vão saber diferenciar isso lá na frente. Digo isso para quem estiver assumindo. Estamos em uma situação extraordinariamente difícil e sempre houve essa perspectiva de que a saúde e a economia andam juntas”, acrescentou.
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