Secretário municipal de Saúde espera “aumento considerável” de casos de Covid em SP

Edson Aparecido declarou que os encontros e aglomerações nas festas de fim de ano terão, como consequência, um pico nos próximos dias

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Escrito en CORONAVÍRUS el

De acordo com o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, o paulistano pode esperar dias piores em relação ao número de casos da Covid-19. Ele declarou que os encontros e aglomerações nas festas de fim de ano terão, como consequência, um pico nos próximos dias.

“Pela análise dos nossos técnicos, a expectativa é de que haja um aumento considerável nos casos. É inevitável”, afirmou Aparecido, em entrevista a Aline Mazzo, na Folha de S.Paulo.

Conforme dados divulgados pelo boletim diário da Secretaria da Saúde, nesta terça-feira (19), a capital paulista mostrava ocupação de 65% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de coronavírus nos hospitais municipais ou contratados pela prefeitura.

Dos 1.222 pacientes internados para tratar da Covid-19, 637 estavam em vagas intensivas. Este número representa 52,1% do total.

O secretário disse, ainda, que a cidade tem capacidade para absorver o aumento da demanda esperada, porque foram providenciados mais leitos de UTI e de enfermaria. “Hoje [terça-feira], temos apenas dois hospitais com lotação máxima, a Santa Casa de Santo Amaro e o Cruz Azul, que são unidades contratualizadas. Então, temos que utilizar o que está sendo pago. O Brasilândia, por exemplo, está com 74% de lotação”.

Falta de estrutura

Aparecido considerou, ainda, que a capital paulista faz sua parte. Porém, ele responsabilizou a falta de estrutura de outras cidades pelo impacto nas internações.

“Cerca de 23% dos pacientes hospitalizados na capital não residem aqui. Então, sofremos uma pressão muito grande de pacientes da região metropolitana e do interior do estado. Estamos conseguindo atender a todos, mas sabemos que muitas cidades desativaram leitos de UTI, assim como parte da rede particular. Então, temos de lidar com essa pressão na nossa rede”, completou.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar