O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta, nesta semana, reverter ou ao menos amenizar dois anos de agressões à China, pois depende agora do país asiático para importar insumos para a produção da vacina contra o coronavírus, a Coronavac.
Ministros do governo têm como principal argumento que Bolsonaro tem bom relacionamento com o presidente chinês Xi Jinping. Seus desentendimentos seriam com o embaixador Yang Wanming.
Um dos motivos para o impasse citado por auxiliares dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Eduardo Pazuello, de maneira reservada, foi o ataque do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao embaixador, em novembro do ano passado.
Na ocasião, a Embaixada da China no Brasil usou as redes sociais para criticar Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, por fazer insinuações sobre o uma suposta espionagem que seria promovida pelo Partido Comunista Chinês através do serviço de 5G da Huawei.
A opinião do filho do presidente deve ser ignorada, de acordo com o raciocínio do governo, já que ele é apenas um deputado federal e não fala pelo pai.
Outra irritação de Bolsonaro, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, seria a aproximação dos corpos diplomáticos chineses com o governador de São Paulo, João Doria, arqui-inimigo de Bolsonaro.
Tem mais. Fontes próximas à embaixada da China dizem que os argumentos de auxiliares do presidente beiram a infantilidade. Além disso, o embaixador Yang Wanming não é qualquer um, mas sim um quadro chinês de primeira linha, forte e prestigiado em seu país.
Com informações da coluna de Mônica Bergamo