O governo do Amazonas pediu nesta sexta-feira (15) a outros estados para transferir 60 bebês prematuros que estão internados nos hospitais de Manaus. A informação foi obtida pela jornalista Renata Agostini, da CNN.
Esses bebês estão internados em hospitais de Manaus, que sofrem com falta de oxigênio desde a quinta-feira (14). Assim, eles também correm risco de ficar sem o gás. Por isso, houve o pedido para que governadores chequem se há leitos de internação neonatal disponíveis.
Em nota enviada à Fórum, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas informou que, “assim como está ocorrendo com pacientes adultos com Covid-19, internados na rede estadual de saúde e que necessitam de suporte de oxigênio”, também serão transferidos, para hospitais de outros estados, bebês recém-nascidos internados nas maternidades públicas do Amazonas.
No comunicado, a secretaria informou que os bebês serão transferidos “a partir da autorização dos pais” e serão acompanhados pelas mães. Técnicos da pasta estão trabalhando “no planejamento da logística de transferência e o quantitativo está sendo avaliado de acordo com as condições clínicas dos recém-nascidos”.
A CNN informou que obteve a confirmação do pedido com o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário de saúde do Maranhão, Carlos Lula. O estado consegue receber cinco a dez prematuros.
O estado do Amazonas já iniciou a transferência de pacientes para outros estados. Os primeiros embarques ocorreram na manhã desta sexta-feira, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Nove pacientes que estavam internados nas unidades da rede pública estadual foram transferidos para continuar o tratamento em Teresina, no Piauí. Há previsão de transferir 235 pacientes.
* Atualizado com nota da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas
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