Campeã em infectados no DF, Ceilândia foi onde Bolsonaro causou aglomerações no início da pandemia

Taguatinga é a segunda região mais afetada no distrito e também foi palco de passeios do presidente. No local, ex-capitão conversou com vendedor de espetinhos e protestou contra o isolamento

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Com 20.291 infectados, Ceilândia é a região mais afetada pela pandemia do coronavírus no Distrito Federal. No início da pandemia, em 29 de março, o presidente Jair Bolsonaro foi ao local para conversar com apoiadores e protestar contra o isolamento social. Visita do ex-capitão, que estava sem máscara, gerou aglomerações nas ruas e em um estabelecimento comercial.

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, o total de infectados desde o início da pandemia chegou a 164.649 nesta quarta-feira (2), com 2.573 mortes. Além de Ceilândia, a região do distrito com o maior número de infectados é Taguatinga, com 13.250 diagnósticos positivos. O local também recebeu passeios do presidente no início da pandemia.

No mesmo dia em que esteve em Ceilândia, região onde moram parentes da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-capitão foi à Taguatinga e conversou com um grupo de pessoas, dentre elas um ambulante que preparava churrasco. No local, o presidente voltou a defender que a população deve sair de casa para trabalhar.

O ambulante chegou a dizer que “a morte está aí, mas seja o que Deus quiser. Só não pode ficar parado, com medo de morrer. Se não morrer de doença, morre de fome”.

A avó da primeira-dama foi uma das vítimas da Covid-19 em Ceilândia. Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 80 anos, faleceu no dia 12 de agosto no Hospital Regional da região administrativa.

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