OMS: “nacionalismo das vacinas não ajudará a combater o coronavírus”

Segundo o secretário-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, países mais ricos devem se comprometer politicamente para garantir que qualquer vacina seja distribuída de maneira justa em todo o mundo

Tedros Adhanom Ghebreyesus (foto: The Hill)
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O secretário-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu nesta quinta-feira (6) que um esforço dos países membros em favor de um “consenso global” para fazer com que qualquer vacina contra o novo coronavírus seja um produto de acesso universal.

Em entrevista por videoconferência, o especialista também enfatizou que esta é uma “escolha política”, e que o “nacionalismo das vacinas não ajudará a combater a pandemia”, o que foi lido como uma crítica a disputa por saber qual país apresentará a primeira vacina contra o covid-19, a qual envolve nações como Rússia, Reino Unido, China, Alemanha, Irã e Estados Unidos.

“O nacionalismo das vacinas não é bom, não vai nos ajudar. Quando dizemos que a vacina deve ser um bem público, não é apenas por que ela deve ser amplamente distribuída, mas também porque é preciso evitar que alguns tenham vantagens no acesso a ela”, comentou Ghebreyesus.

O secretário-geral também ressaltou que “esta é a oportunidade de vencer nosso primeiro grande desafio como planeta, como espécie humana, de mostrar que vivendo em um mundo globalizado temos a vantagem de poder enfrentar juntos e de forma mais eficiente uma questão tão complexa quanto uma pandemia”.

Antes de terminar sua exposição, Ghebreyesus expressou a necessidade de que os países mais ricos se comprometam politicamente em garantir que suas vacinas sejam distribuídas de maneira justa em todo o mundo.