Estudos apontam um caminho promissor na luta contra o novo coronavírus. Cientistas israelenses, das Universidades de Bem-Gurion do Negev e de Jerusalém, dizem que a vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) pode ser uma nova aliada na luta contra a Covid-19. Isso porque os programas de vacinação realizados até agora evidenciam a redução não só nas taxas de infecção pelo novo coronavírus mas também da mortalidade, sobretudo para as pessoas mais jovens.
A equipe de cientistas, liderada por Nadav Rappoport, da Universidade de Bem-Guiron do Negev, não encontrou relação positiva nos adultos e em pessoas de idades mais avançadas que também forma vacinadas com a BCG.
“Os nossos resultados sugerem que é importante explorar os protocolos da vacina BCG no contexto atual da pandemia”, afirmou o coordenador do estudo, ressaltando que “já se iniciaram, entretanto, alguns ensaios clínicos pata testar de forma mais aprofundada a eficácia da vacinação com a BCG neste contexto”.
Os investigadores israelenses avaliaram dados de 55 países, que englobam 63% da população mundial, levando em conta a economia, a demografia e os diferentes sistemas de saúde e as diferentes restrições impostas à população face à pandemia.
Para verificar se havia a mesma relação com outras vacinas, a equipe fez análise idêntica para o sarampo e a rubéola, mas não encontrou nenhum a correlação entre elas e a Covid-19. Porém, afirmam os especialistas, esses estudos ainda precisam ser aprofundados.
Na Holanda esses estudos já estão em curso.
Em abril deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pedia cautela, afirmando que os estudos ainda não comprovavam que a vacina BCG tem potencial para curar pacientes infectados com o novo coronavírus e nem que é eficaz no tratamento da enfermidade.
O que há é uma grande esperança que esses estudos sejam conclusivos e que comprovem sua eficácia.