Argentina anuncia que também produzirá doses da vacina de Oxford

Governo fez acordo com a farmacêutica AstraZeneca, empresa privada responsável pela comercialização do produto. Alberto Fernández também emitiu comunicado felicitando Vladimir Putin pelo fato de a Rússia ter apresentado a primeira vacina contra o coronavírus

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o ministro da Saúde, Ginés González García (foto: agência Télam)
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O governo d Argentina anunciou nesta terça-feira (12), que o país vai produzir doses da vacina britânica contra o coronavírus, também conhecida como “vacina de Oxford”, já que está sendo desenvolvida por cientistas dessa universidade inglesa.

Segundo um comunicado da Casa Rosada, o presidente Alberto Fernández fará um pronunciamento em rede nacional nesta noite, no qual dará mais detalhes sobre quando se iniciará essa produção e como a iniciativa facilitará o acesso dos argentinos à vacina.

Segundo o jornal Página/12, o ministro da Saúde do país, Ginés Gonzalez García, teria vazado a informação de que o governo argentino vinha realizando negociações há semanas com a empresa farmacêutica AstraZeneca, responsável pelo financiamento da pesquisa de Oxford, e que também ficará encarregada da comercialização da vacina. As conversas já haviam permitido um acordo, anterior, para que parte dos testes da terceira fase de estudos clínicos fosse feita em Buenos Aires – assim como outra parte foi realizada no Brasil e em outros países.

A informação preliminar, também apurada pelo Página/12 (mas ainda não confirmada pelo governo argentino), é que a Argentina produziria entre 50 e 100 milhões de doses, as quais seriam distribuídas na Argentina e em outros países da América do Sul, exceto o Brasil, que também produzirá a vacina.

No entanto, o acordo com os britânicos não impediu Alberto Fernández de ter um gesto de boa fé com seu colega russo Vladimir Putin. Nesta mesma quarta, o presidente argentino divulgou uma nota oficial parabenizando a Rússia por ter apresentado a primeira vacina contra o coronavírus a Sputnik 5, registrada oficialmente no dia anterior. “Uma conquista que ficará entre as páginas indeléveis da história da medicina mundial”, reconheceu o mandatário sul-americano.