Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 14,8 milhões de trabalhadores brasileiros afastados em junho, a maior porcentagem está entre os domésticos sem carteira assinada. A categoria tem 26,8% dos trabalhadores afastados pela pandemia.
A pesquisa mostrou que, entre os 83,4 milhões de trabalhadores ocupados no Brasil, havia 4,2 milhões pessoas afastadas a menos do que em maio. Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento social, 11,8 milhões de brasileiros ainda não estavam trabalhando devido às restrições impostas pelo contágio da Covid-19.
Depois dos trabalhadores domésticos sem carteira assinada, a categoria com mais pessoas afastadas é a de empregados do setor público sem carteira (24,4%), seguida pela dos empregados do setor privado sem carteira (17,3%).
As medias de isolamento também resultaram em mais trabalhadores afastados nas regiões Nordeste, com 20,2%, e Norte, com 17,1%.
Além disso, o estudo aponta que 8,7 milhões trabalham de forma remota, com maior porcentagem entre as entre as mulheres (17,5%) do que entre os homens (9,4%). 37,3% das pessoas com ensino superior ou pós-graduação completos estão trabalhando remotamente. Entre os trabalhadores com fundamental incompleto, os que estão trabalhando remotamente somam apenas 0,4%.