A Rússia se adiantou na corrida pela primeira vacina contra o coronavírus ao anunciar, nesta segunda-feira (13), que já concluiu a fase de ensaios clínicos do seu principal projeto, e apresentar alguns resultados desses testes.
A cientista Yelena Smolyarchuk, que lidera os trabalhos, disse em entrevista à agência russa TASS que “os ensaios realizados comprovaram que a vacina é segura e efetiva na prevenção à Covid-19”.
A vacina russa, desenvolvida pelo Centro Nacional de Investigação Gamalei, em conjunto com a Universidade Sechenov, realizou seus ensaios entre os meses de junho e julho, com voluntários entre 18 e 65 anos, todos eles homens e mulheres ligados às Forças Armadas, ativos ou da reserva.
Com os resultados já obtidos, a cientista-chefa disse prever que o produto deverá ser distribuído entre os militares russos em agosto, e que poderia estar disponível a grande parte do público civil russo também em meados do próximo mês.
Smolyarchuk explica que as cidades mais populosas do país teriam prioridade para receber as primeiras dezenas de milhares de doses, que serão produzidas nas próximas semanas.
A cientista também afirmou que a produção em grande escala será feita por empresas privadas, e essas milhões de novas doses estariam disponíveis em setembro, para a Rússia e outros países que se interessem pelo produto.
Desde o fim de semana, a Rússia anunciou que também já está comercializando com outros países o antiviral Avifavir, desenvolvido pelo país para o tratamento da covid-19. Nesta terça-feira (14), Kiril Dmitriev, diretor do Fundo de Investimento Direto da Rússia, afirmou que o Brasil é um dos países de onde chegaram pedidos de compra do medicamento, junto com México, Cazaquistão, Peru, Colômbia, Chile, Bulgária e Arábia Saudita.
Além da vacina russa, há outros 9 projetos destacados nesse sentido, e ao menos quatro deles prometem que seus produtos poderiam estar prontos e disponíveis ainda em 2020.