O Ministério da Saúde da Rússia anunciou nesta terça-feira (2) que autorizou o uso do antiviral Avifavir, um medicamento desenvolvido no país para tratar casos de covid-19, no país que é o terceiro com maior número de contágios (423 mil), e um dos que registra menor taxa de letalidade (5 mil mortes e 187 mil pessoas curadas).
O nome comercial do medicamento foi tema de polêmica, já que os cientistas russos admitem que seu produto é quase idêntico ao Avigan, medicamento patenteado pela japonesa Fujifilm Toyama, e cujo nome genérico é Favipiravir.
Segundo os pesquisadores russos, o Avifavir possui pequenas modificações com relação à versão japonesa, mas tem mostrado sucesso nos testes realizados: das 330 pessoas infectadas pelo coronavírus que provaram o medicamento, a maioria foi curada em apenas quatro dias tomando o antiviral russo.
O curioso do caso é que a versão japonesa, o Avigan/Favipiravir, ainda não foi aprovado no Japão para uso em pacientes com covid-19, apesar de declarações do primeiro-ministro Shinzo Abe defendendo o seu uso. Isso porque o Ministério da Saúde desse país afirma carecer de estudos conclusivos de que o remédio é eficaz contra a doença.